Juiz entrega ambulância ao asilo

Veículo, todo equipado, foi adquirido com recursos arrecadados com penas alternativas

A aplicação, pelo Poder Judiciário, de penas alternativas na Comarca de Vara Única de Cantagalo tem beneficiado várias entidades do município. Em entrevista exclusiva concedida ao JORNAL DA REGIÃO, em junho deste ano, o juiz titular da Comarca de Cantagalo, Márcio Barenco Corrêa de Mello, havia adiantado que o Asilo da Velhice Visconde de Pinheiro receberia uma ambulância, fruto da utilização das indenizações pagas por condenados por delitos, cujas penas foram convertidas em alternativas.

O juiz também ressalta que, além dos dos processos criminais relacionados, parte dos recursos foi alcançada por doação do defensor público titular da Comarca de Cantagalo, Marcelo Galliez. Trata-se de um veículo VW Saveiro, zero quilômetro, adaptado com maca, cilindro de oxigênio e outros itens. O investimento foi de R$ 45.680,44. O detalhamento da arrecadação desses recursos, inclusive, foi publicado na semana passada pelo JR.

A entrega do veículo foi realizada no último dia 30 de outubro, no prédio do Fórum, quando o magistrado, acompanhado do defensor público Marcelo Galiez, entregou oficialmente a ambulância à diretoria do asilo, representada pelo presidente da entidade, José Elcides Carvalho Robadey, e o diretor administrativo da instituição, José Antônio Cabral. Também esteve participando da cerimônia a presidente da Câmara Municipal, vereadora Renata Huguenin (PSC), que prometeu divulgar o feito na tribuna do Legislativo.

De acordo com José Elciddes, o asilo conta com 50 idosos em sistema de internato e a ambulância será de grande utilidade para a instituição. “Nós só temos a agradecer ao Judiciário em Cantagalo por tornar essas penas realmente um benefício em favor da sociedade”, disse o presidente do asilo.

O juiz Márcio Barenco Corrêa de Mello creditou o sucesso do projeto ao defensor Marcelo Galliez. “Ele é que trouxe, como sugestão, esse projeto a mim e, juntos, decidimos implantá-lo”, contou o magistrado, que também agradeceu o empenho da sua equipe de trabalho no Fórum.

Segundo ele, a medida torna as penas alternativas realmente úteis à sociedade, já que a prestação de serviços somente vinha sendo cumprida apenas no quesito carga horária. “Normamente, as instituições não querem quem cometeu um crime lá dentro, seja pelos riscos iminentes ou por preconceito mesmo, que, infelizmente, existe. Nossa alternativa foi levar esses condenados a prestarem serviços em órgãos como o Corpo de Bombeiros, mas, lá, ficavam parados, só cumprindo hora, sem terem o que fazer. Já essa conversão tem realmente se mostrado eficaz, trazendo um retorno real à sociedade”!, encerrou o juiz.

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