Os conjuntos, com cinco lixeiras cada – vidro (verde), plástico (vermelha), metal (amarela), papel (azul) e não reciclável (cinza) –, serão implantados, pela Prefeitura, em locais estratégicos e previamente definidos: Avenida Barão de Cantagalo, Casa de Euclides da Cunha, parque infantil, Praça João XXIII, Praça Cônego Crescêncio Lanciotti (Praça da Matriz), Praça Zilda Estorani Guzzo (Felipe João), Prefeitura, Ginásio Poliesportivo José dos Santos Vieira, rodoviária municipal, bairro Triângulo, bairro Santo Antônio (entrada) bairro São José (praça) e nos distritos de Santa Rita da Floresta, Euclidelândia, São Sebastião do Paraíba e Boa Sorte.
Modelo na coleta, tratamento e destinação final da parte não reciclável do lixo urbano, a Prefeitura de Cantagalo conta com importante parceria da Lafarge no processo. Com a implantação do projeto de coprocessamento de lixo doméstico, o município, que já era exemplo nacional, conseguiu atingir a sua meta de aterro zero bem antes do surgimento da lei federal 12.305, de 2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Nesse processo, a parte não reciclável do lixo doméstico de Cantagalo é coprocessada nos altos fornos de cimento da Lafarge. Sem nenhum tipo de poluição ambiental, todo o material – cerca de 40 toneladas mensais atualmente – é destruído, fazendo parte da composição do produto, sem nenhuma alteração nas suas características. O programa é o primeiro a ser realizado no País.
A expectativa da Prefeitura e da Lafarge é que a população se enquadre, cada vez mais, no novo sistema de coleta de lixo, que tende a evoluir ainda mais. Atualmente, o morador separa apenas o lixo seco (vidro, papel, papelão, plástico, etc.) do lixo molhado (orgânico, como os restos de alimentos).
Segundo Francieli Wermelinger, diretora da Utilix Serviços Ambientais, empresa responsável por coletar, transportar, reciclar e dar destinação final ao lixo de Cantagalo, através da usina de reciclagem e compostagem de lixo, levantamentos realizados pela empresa têm mostrado que a população está colaborando com as primeiras ações da coleta seletiva. “A gente tem percebido, na usina, que as pessoas têm se preocupado em separar o lixo. O que antes chegava misturado, hoje tem chegado em sacos plásticos, separadinho. Até o lixo de banheiro estão colocando separadamente. Acho que conseguimos atingir os objetivos do novo sistema, embora ainda haja necessidades de ajustes”, declarou.