Levantamento sobre dengue mostra Carmo em situação de emergência

O último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), que mede a infestação do mosquito transmissor da dengue, identificou estado de alerta para o município de Carmo. Segundo o levantamento, a cidade de Carmo registrou o índice de 2,1, sendo recomendado índice abaixo de 1.

O LIRAa é realizado periodicamente pelos municípios do estado do Rio de Janeiro, fornecendo o Índice de Infestação Predial (IIP) e o Índice de Infestação em Depósitos (Índice de Breteau – IB) do aedes aegypti. Esse é um  instrumento de orientação e identifica as áreas prioritárias para as medidas e ações estratégicas de controle e combate ao mosquito. Em cada município, agentes de saúde visitam residências e outros tipos de imóveis, para inspecionar, identificar e coletar as larvas ou pupas para análise em laboratório.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, já foram notificados quatro casos da doença este ano, mas nenhum confirmado. Segundo a Prefeitura, são feitas, diariamente, 20 visitas às casas. São 25 profissionais para nove mil moradias, número que a própria Prefeitura considera pequeno. Entretanto, os agentes afirmam que a colaboração da população é essencial. “Podem ter mil agentes, mas se a população não ajudar, não chegamos em lugar nenhum,” disse o coordenador do combate à dengue, Marcos Alexandre Cabral.

Foram 61 municípios pesquisados no estado. Carmo ficou em quarto lugar entre os dez com os piores índices, sendo a única cidade da Região Serrana em estado de alerta.

Com base nas informações recebidas dos municípios, configurou-se o seguinte cenário para o estado. Dos 92 municípios, 73 (79,3%) informaram a realização do levantamento. Destes, 36 (49,2%) classificados como satisfatórios, 34 (46,6%) em alerta e 03 (4,1%) em risco.

Neste ciclo, 19 municípios não informaram. Foram pesquisados 772 estratos amostrais. Destes, 330 (42,7%) classificados como satisfatório, 386 (50%) em alerta e 56 (7,3%) em risco, este último, distribuído em três municípios.

De acordo com as Diretrizes Nacionais para Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue (2009), os parâmetros para classificação dos estratos e dos municípios, quanto à infestação pelo aedes aegypti, são: menor que 1%, satisfatório; de 1% a 3,99%, alerta; acima de 3,99%, risco. 

Em 2014, o terceiro levantamento foi realizado no início da 23ª semana epidemiológica, compreendida entre os dias 1º e 7 de junho de 2014.

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