Uma pesquisa feita pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade, realizada entre 2006 e 2012, mostrou que o índice de poluição do Rio de Janeiro é duas vezes maior do que o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O índice é quase igual à média de poluição no estado de São Paulo apresentada no mesmo período.
A metodologia adotada no Brasil é a do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que considera aceitáveis os padrões de poluição aos quais o cidadão fluminense está exposto.
O estudo aponta, ainda, 36.194 mortes e 65.102 internações na rede pública de saúde devido à poluição, sendo 14 mortes por dia em todo o estado, representando um gasto público de R$ 82 milhões, entre 2006 e 2012.
As cidades de Duque de Caxias, Itaboraí, Nova Iguaçu, Macuco, Resende e Porto Real figuram entre as mais poluídas nos últimos dois anos do estudo. Já aquelas com maior risco de morte são: Macuco, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Itaboraí, Barra Mansa e Rio de Janeiro, por apresentarem maiores níveis de poluição, maior número de dias poluídos no ano e maiores taxas de mortalidade.
De acordo com os dados, em 2011, o número de mortes atribuídas à poluição no estado do Rio de Janeiro foi cerca de uma vez e meia maior que os 3.044 óbitos por acidentes de trânsito, quase três vezes maior que as mortes por câncer de mama ou decorrentes da Aids e quase sete vezes maior que falecimentos por câncer de próstata.