Baseado na divulgação dos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sobre o número de eleitores e de habitantes do município de Macuco, chama a atenção o disparate nestes números. Segundo a estimativa do IBGE, o município de Macuco tem uma população de 5.623 habitantes. Já o TSE informou que 7.116 eleitores estão aptos a votar nas eleições.
Segundo o prefeito do município de Macuco, Bruno Boaretto, este disparate é em razão das divisas do município com Cantagalo, já que vários bairros tem a população contada para Cantagalo, reduzindo com isso o número de habitantes. “O disparate é exatamente do litígio dos limites. Os eleitores do bairro Santo Reis (inteiro), metade do bairro da Reta, todo o bairro Novo Macuco e todo bairro da Glória, não são computados para Macuco. E são todos eleitores de Macuco, endereçados para Macuco“, garante Bruno Boaretto.
O prefeito garante que a população pode chegar a 11 mil habitantes. “Quando tivermos uma oportunidade de computar esta população, chegaremos a 11 mil habitantes. Temos mais de 11 mil prontuários no posto de saúde; são quase onze mil ligações de água. Território que o município dá assistência“, afirmou. Bruno Boaretto afirma que estes bairros recebem atenção da Prefeitura de Macuco, através do serviço de limpeza, de saúde, educação e iluminação: todos os serviços essenciais são oferecidos pela Administração. Com isso, segundo o prefeito, Macuco é muito prejudicado, pois é recebe menos no repasse de impostos, como ICM e Fundo de Participação.
Os municípios brasileiros têm até o dia 16 de setembro para contestação da estimativa populacional, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o instituto vem respeitando este prazo desde 2016.
A CNM destaca que existem 268 municípios que estão próximos das mudanças do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), na faixa de até 500 habitantes e sugere que gestores desses entes entrem com a contestação, por acreditar que o modelo de estimação da população que o IBGE está usando não está preciso.
A alegação da CNM é baseada no fato de não ter havido contagem populacional. Assim, de acordo com a entidade, “os dados podem não estar representando a real situação da população desses municípios.” Com isso, essas cidades poderão ter uma alteração de seus coeficientes do FPM para o próximo ano.