Um momento muito emocionante e de grande relevância para a música cordeirense marcou o II Simpósio Funarte de Bandas Musicais, realizado na Escola de Música da UFRJ, sob direção artística e pedagógica de Marcelo Jardim, docente e Diretor Artístico da mencionada Escola de Música.
Intitulado ‘A Banda é uma Escola’, o simpósio reuniu renomados músicos e militantes do segmento entre 18 e 25 de novembro, integrando o Projeto Bandas de Música, parceria entre a Fundação Nacional de Artes (Funarte), instituições culturais estaduais e municipais e universidades, que vem se notabilizando nos últimos anos.
Concertos, recitais, mesas-redondas, palestras e oficinas ditaram o ritmo do evento, que contou com apoio do Programa de Incentivo Cultural do Fórum de Ciência e Cultura e Programa de Pós-Graduação Profissional em Música. Criado em 1976, o projeto reconhece a banda de música como patrimônio cultural e genuína manifestação musical do Brasil, cabendo às instituições parceiras reforçar o papel estratégico das bandas civis na cultura e desenvolvimento dos músicos.
Verdadeiro ícone regional quando o tema são as bandas de música, João José de Macedo Júnior, o popular ‘Maestro Macedo’ foi um dos homenageados. Com apoio da Secretaria de Turismo de Cordeiro, músicos da Sociedade Musical Fraternidade Cordeirense e do Rio de Janeiro se uniram na homenagem, iniciada com a exibição de um curta metragem produzido pela Fraternidade Cordeirense, relatando a história do maestro. Na sequência, os músicos executaram oito composições do Maestro Macedo.
Canções históricas e ainda hoje executadas por diversas bandas de música foram relembradas, entre elas os dobrados ‘Coronel Pedro Antônio de Moraes’ e ‘O Sangue Mineiro’, este último considerado uma de suas obras-primas. Realizada no Centro Cultural do Poder Judiciário, a apresentação foi coordenada pelos músicos Tadeu Santinho e Éverson Moraes, alunos formados pela centenária banda cordeirense.
Segundo Tadeu Santinho, esse resgate dos nomes que compuseram a história das bandas não pode parar. “Esse trabalho vai continuar. Compositores como Maestro Macedo, Joaquim Naegele, Amadeu Teixeira e Júpiter Nicolau, entre outros, merecem ter suas obras executadas pelas bandas, pois alcançaram um nível de excelência comparável aos grandes compositores brasileiros. Mais ações virão por aí”, garantiu.