Buscando o contínuo aperfeiçoamento do sistema público de ensino e a otimização da educação básica, um grupo de 74, dos 92 municípios fluminenses, decidiu aderir ao Sistema de Avaliação da Educação Básica do Estado do Rio de Janeiro (Saerj).
A avaliação, que iniciou no ano de 2008, foi criada pela Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) com o intuito de acompanhar o desempenho dos alunos da rede pública nas áreas de língua portuguesa e matemática, sendo aplicado anualmente para o 5º e 9º anos do ensino fundamental, a 3ª série do ensino médio, o 4º ano do curso normal, fases equivalentes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e concluintes do Programa Autonomia.
A cidade de Japeri, localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com cerca de 17 mil alunos. A secretária municipal de Educação, Roberta Bailune Antunes, explica como surgiu o interesse em participar do Saerj e já adianta os resultados obtidos.
– Nossa equipe passou a apostar na implementação de práticas educativas mais atuais e significativas para auxiliar na aprendizagem e no desempenho dos nossos alunos. Em 2013, aderimos ao Saerj e já conseguimos visualizar os benefícios. Com o panorama da avaliação, estamos impulsionando a reformulação do currículo da rede municipal de Japeri – destacou Roberta.
Ainda segundo a secretária, além de o currículo ter sido reformulado, foram delineadas as habilidades que precisariam ser potencializadas nos alunos.
– Construímos um plano de ação totalmente coerente com as necessidades e potencialidades apontadas pelo Saerj. E o resultado desse trabalho é fácil de ser notado na rede. Tivemos um aumento de mais de 13% no resultado do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em nosso município – acrescentou.
Os 74 municípios também participam do Saerjinho, que é aplicado bimestralmente pelo Estado, desde 2011. São testados os estudantes do 5º e do 9º ano do ensino fundamental, do ensino médio, do curso normal, das fases e módulos específicos do EJA e do Programa Autonomia.
Com o acompanhamento desses resultados, é possível identificar deficiências no processo de ensino-aprendizagem para, posteriormente, ajustar as ações pedagógicas à realidade dos alunos. Analisados em larga escala, os dados apresentam, também, informações que servem de subsídio para o planejamento de políticas públicas para todo o sistema de ensino.
Para a superintendente de Avaliação e Acompanhamento da Seeduc, Vânia Machado, a parceria com os municípios é fundamental para a melhoria da educação em todo estado.