Mesmo sem vacina contra a Covid, é hora de os estados e municípios se prepararem para a vacinação

presidente da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara, deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ)
presidente da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara, deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ)

Em reunião com governadores e o ministério da Saúde, Dr. Luizinho diz que o País não pode repetir os mesmos erros da pandemia, quando faltou planejamento

As vacinas capazes de imunizar contra o coronavírus ainda estão em teste no mundo, mas, na opinião do presidente da Comissão Externa do Coronavírus da Câmara, deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ), já é hora de os estados e seus 5.570 municípios se prepararem para o momento da vacinação contra a Covid, planejarem estoques de seringas, agulhas, geladeiras e pessoal de apoio, logística e segurança. O alerta foi feito pelo parlamentar durante a reunião realizada pelo Ministério da Saúde com os governadores nesta terça-feira, dia 20.

Com a experiência de quem foi secretário municipal de saúde de Nova Iguaçu (cidade com quase um milhão de habitantes na Baixada Fluminense) e do Estado do Rio de janeiro, tendo enfrentando a epidemia de febre amarela nesse período, Luizinho lembrou da complexidade da vacinação o que está por vir.

A vacinação não acontece nos estados nem na união, mas nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), nos rincões das cidades. Essa será uma vacinação segmentada, que deverá começar por pessoas acima de 60 anos e com comorbidades, num momento em que toda a população está ávida por ser vacinada. As prefeituras terão pessoal técnico para fazer esse controle?”, iniciou Dr. Luizinho. Ele lembrou que, para cada técnico, tem de haver pelo menos mais dois funcionários na retaguarda administrativa. Sem falar na questão logística e de segurança.

Além disso, afirmou o deputado, será necessária uma quantidade imensa de seringas, agulhas, ainda mais tendo em vista que todas as vacinas em teste indicam que elas terão que ser aplicadas em duas doses. Ele teme que aconteça o mesmo que na pandemia: a escassez de produtos básicos por conta de demanda mundial e preços altíssimos. “É hora de planejar para evitar que aconteça o que vimos na pandemia, quando faltaram EPIs no mundo todo”, afirmou. “Haverá geladeira em todos os postos para armazenarem a quantidade de doses que a população vai precisar?”, continuou. Os governadores e representantes do Ministério da Saúde disserem estar cientes disso e que se organizarão nesse sentido.

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