Ministério Público pode liberar funcionamento do teleférico de Friburgo

O proprietário da empresa que administra o teleférico de Nova Friburgo, Rodolfo Acre, disse acreditar que, dentro de um mês, o sistema já estará em plena atividade. “Está tudo preparado para voltar a funcionar assim que houver a autorização da Justiça”, acrescenta Rodolfo Acre.

A 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Nova Friburgo propôs ao empresário a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que sejam cumpridas exigências como o licenciamento ambiental, vencido desde 2003. O termo e suas cláusulas serão redigidos após reunião, ainda a ser marcada, do Ministério Público com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e com a Prefeitura de Nova Friburgo.

O Ministério Público de Nova Friburgo garante que, assim que ocorrer a assinatura do TAC, o processo será extinto.

A paralisação do teleférico começou na tragédia das chuvas de janeiro de 2011, quando a sua estrutura foi afetada. Após a recuperação, a atividade continuou suspensa por conta de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público, que questionou a segurança do local.

A interdição vem afetando visitantes e pessoas que vivem do turismo na cidade. A feira de artesanato da Praça do Suspiro, onde é o ponto de partida do passeio no teleférico, é umas das mais prejudicadas. A paralisação provocou a queda de frequentadores ao redor e, consequentemente, a diminuição nas vendas. “A feira tinha cerca de 30 artesãos, que viviam exclusivamente desse trabalho. Hoje, apenas 10 ou 12 ainda insistem em continuar vindo”, diz Julie Scott, uma das artesãs que desistiram de trabalhar na feira. Ela conta que sua mãe era uma das organizadoras e ficou tão abalada com a decadência do lugar que resolveu se mudar para outra cidade.

O médico Marco Amaral, morador de Belo Horizonte (MG), era um dos visitantes que fotografavam a Praça do Suspiro na semana passada. Ele conta que não conhecia Nova Friburgo e ficou decepcionado ao descobrir que o teleférico não estava funcionando. “Minha mulher sempre me falou da cidade e o teleférico era o que mais me chamava a atenção”, disse o médico.

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