Joel Chaves Cruz é denunciante e testemunha contra empresa executora de obras federais
Morador de Carmo, Joel Chaves Cruz está aguardando proteção da Polícia Federal (PF) depois que fez várias denúncias contra uma empreiteira que prestam serviços ao Governo Federal.
Joel Cruz foi funcionário da empresa OAS Construtora, em 1993, como auxiliar administrativo, mas, segundo ele, atuava na Diretoria de Operações, realizando pagamentos da empresa em todo o país.
No dia 28 de agosto de 2012, Joel Chaves Cruz recebeu correspondência do delegado da PF, Adalton de Almeida Martins, que é o chefe da Divisão de Segurança de Dignitário e Proteção ao Depoente Especial (DSDE), respondendo a correspondência encaminhada por ele, informando que a proteção pretendida, em razão de colaboração com a Justiça, poderá ser requerida ao Provita/RJ (Programa Estadual de Proteção a Vítimas e Testemunhas no Estado do Rio de Janeiro), localizado em Petrópolis, devendo comprovar sua condição como testemunha e relatar a ameaça sofrida, solicitando, assim, sua inclusão no programa.
Em agosto de 2005, a deputada Iriny Lopes (PT-ES), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, encaminhou solicitação à diretora Sélvora Madelene de Castro da Costa, solicitando abrigo para Joel Chaves Cruz, autor de denúncias contra a construtora OAS, do Rio de Janeiro.
– Iremos encaminhá-lo o mais rápido possível ao Ministério da Justiça, para que seja dado o devido apoio e proteção à testemunha e denunciante. Como ainda não conseguimos contato com o ministério, solicitamos ao Centro de Albergamento Conviver, que, na medida do possível, possa abrigar o referido denunciante – justifica a deputada.
A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, em 2005, instaurou procedimento com a finalidade de acompanhar o caso.
A mesma deputada Iriny Lopes, que presidia a Comissão de Direitos Humanos, enviou, no dia 25 de outubro de 2005, correspondência ao então procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, solicitando especial atenção às denúncias que foram feitas por Joel Chaves Cruz. “Alega o denunciante que há uma série de atividades ilícitas praticadas pela Construtora OAS, tais como: alteração nos pagamentos de impostos nas obras da Prefeitura de Magé; lavagem de dinheiro, depósito milionários no Banco Rural, sonegação de impostos, contrabando de whisky e alterações nas medições da obra 0680 UHE, localizada na Ilha dos Pombos, Light, no município de Carmo”, informou a deputada no documento encaminhado ao Procurador da República.
A então deputada Iriny Lopes solicitou estudar a procedência das denúncias e dar proteção ao denunciante, haja vista várias ameaças de morte. “Todos os documentos necessários à elucidação dos fatos estão na sede da Polícia Federal, em Brasília”, garantiu.
Joel também teve contatos com o deputado federal Chico Alencar, que disse até a possibilidade de tirá-lo do país sob a responsabilidade da Polícia Federal, para preservar sua vida. Segundo Joel, quando prestou depoimento à Polícia Federal, em Macaé, o próprio delegado sugeriu que ele procurasse os veículos de comunicação do país para fazer as denúncias, mas não tem conseguido êxito com as grandes redes de televisão, como a Globo, Record e SBT.
Mesmo passado já alguns anos das denúncias, Joel Chaves Cruz continua aguardando a proteção e, recentemente, colocou nas redes sociais, através da internet, no You Tube (um homem desesperado-12 Joel K), toda sua história de denúncias que, na época, culminou na sua demissão da empresa construtora OAS.
Quando compareceu à redação do JORNAL DA REGIÃO, Joel Chaves Cruz estava munido de vários documentos, os quais teria enviado às autoridades solicitando que suas denúncias fossem divulgadas para que a população de Carmo tome conhecimento.