Quem se dá ao trabalho de acompanhar o noticiário político e econômico já se acostumou com uma quantidade enorme de informações a respeito das dificuldades que o país está enfrentando no momento e que vai se estender por todo este ano, ameaçando entrar em 2016, graças aos quatro últimos anos de mandato de Dilma Rousseff, plenos de desperdícios e, agora se sabe, de enormes desvios de dinheiro público que a ‘Operação Lava Jato’, em hora oportuna, está levando ao conhecimento da população, que tem se revelado terrivelmente preocupada com grandeza dos valores desviados para os bolsos de lideranças políticas ligadas ao PT. As manifestações de rua, os “panelaços” e os “Fora Dilma” já atingem o mesmo ruído que precedeu o afastamento de Fernando Collor do governo.
Vale a pena observar que, agora, a atenção da Polícia Federal já tem suas vistas voltadas para negociatas envolvendo a Caixa Econômica. O BNDES já está em observação, assim como o Ministério da Saúde, sem contar as empresas subsidiárias ou coligadas da Petrobras como a distribuidora que estampa seu nome nos inúmeros postos espalhados pelo País e que, ao que se sabe, será posta à venda para cobrir parte do tremendo rombo do seu caixa.
É surreal o momento que estamos vivendo. A sucessão de escândalos a cada dia noticiados já está anestesiando os brasileiros, espantados com tanta roubalheira que compromete um governo fraco e já sem reação com a intensidade de notícias que mostram, ao vivo e a cores, a podridão que o Partido dos Trabalhadores nas pessoas de muitas das suas lideranças e apaniguados pintam um quadro de horrores que nos envergonham.
Por isso e muito mais, os hospitais públicos estão desprovidos dos mais simples recursos. O ensino público paga um alto preço pelo abandono e os municípios, que são mais de cinco mil, já começam a demonstrar enormes dificuldades no atendimento aos problemas que os afligem.
*Joel Naegele é vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura, conselheiro fiscal do Sebrae-RJ e membro da Câmara Setorial de Agronegócios da Alerj.