Em relação à previsão de gastos de campanha, o montante dos 331 candidatos (incluídos os candidatos ao cargo de prefeito e vice-prefeito) surpreende. O valor é superior ao total de verbas repassadas para o socorro emergencial a Nova Friburgo pós-tragédia climática.
De acordo com estimativas dos próprios candidatos friburguenses, a campanha majoritária em Nova Friburgo custará aos candidatos R$ 11,250 milhões. O valor é superior ao repassado pelo Governo Federal para socorrer o município no pós-tragédia climática de janeiro de 2011 (R$ 10 milhões) e muito maior do que o patrimônio declarado pelos seis postulantes ao Executivo. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os bens dos seis candidatos somados é de, aproximadamente, R$ 7,6 milhões. Os dados individuais de todos os candidatos – inclusive dos 319 concorrentes às 21 cadeiras na Câmara – podem ser consultados no site www.tse.gov.br.
As duas maiores estimativas de gastos com a campanha majoritária são dos candidatos Jairo Wermelinger (PHS) e Rogério Cabral (PSD), ambos estimados em incríveis R$ 3 milhões. Coincidentemente, ambos são os que declararam os maiores bens pessoais. Jairo, com cerca de R$ 5,9 milhões, e Rogério com R$ 1,1 milhão. Edil Nunes (Psol), que estimou um gasto de campanha de apenas R$ 100 mil no período, tem um patrimônio de R$ 314 mil, enquanto Saudade Braga (PSB), ex-prefeita, prevê gastar R$ 1,7 milhão na campanha até outubro e declarou bens estimados em R$ 184 mil. O candidato Jorge Carvalho (PTdoB) tem patrimônio declarado de R$ 26 mil e estima gastar R$ 2 milhões, enquanto Marconi Medeiros (PTB) estimou a sua campanha em R$ 1,450 milhão, e não tem nenhum bem pessoal declarado.
Entre os candidatos a vice-prefeito em Nova Friburgo, o tabelião Marcelo Braune (PDT) aparece com o maior bem patrimonial declarado, chegando a cerca de R$ 883 mil, seguido de Eduardo Valentim (PHS), com R$ 339 mil declarados ao tribunal. Ricardo Costa (PCB) declarou um total aproximado de R$ 286 mil em bens e Arão Ivo Machado de Oliveira, pouco mais de R$ 11 mil. O Tribunal Superior Eleitoral ainda não disponibilizou os bens patrimoniais do candidato a vice-prefeito José Mota (PTdoB).