Novos prefeitos enfrentam dificuldades com vereadores

Alguns prefeitos que assumiram cargos públicos pela primeira vez estão enfrentando situações críticas em seus municípios, principalmente com os vereadores.

O prefeito de São Sebastião do Alto, o engenheiro Carmod Bastos (PT), conseguiu se eleger com apenas um vereador de seu grupo político. Logo nos primeiros meses de sua administração, enfrentou uma oposição muito forte no Legislativo. Os vereadores não aprovaram projetos de lei enviados pelo Executivo e chegaram a criar uma Comissão Processante (CP), chegando até a afastar o prefeito do cargo.

Com a crise, o jovem político altense se desentendeu com seu companheiro de chapa, o vice-prefeito Mauro Henrique (PT), que chegou a ocupar o cargo de prefeito, até que uma decisão judicial levou Carmod Bastos de volta ao cargo. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ) declarou a lei da Câmara de Vereadores inconstitucional, e os vereadores desistiram da CP. Com isso, o prefeito termina o primeiro ano com mais tranquilidade para colocar em prática seus projetos.

Já no município de Itaocara, a eleição surpreendente de Gelsimar Gonzaga, pelo PSol, primeiro no país, trouxe uma nova perspectiva para a cidade. Logo que assumiu a Prefeitura, Gelsimar Gonzaga fez questão de colocar a real situação do município, e isso, certamente, provocou ira de seus adversários. 

O novo prefeito de Itaocara acusa os vereadores de estarem atrapalhando seu governo, pois não aprovaram o pedido de verbas enviado pelo Executivo ao Legislativo.

A Câmara de Vereadores está em pé de guerra com Gelsimar Gonzaga, acusando-o de baderneiro e de não estar conseguido administrar o município.

O presidente do Legislativo, vereador Robertinho Cruz (PR), afirmou que Itaocara elegeu um homem despreparado para o cargo, criticando, também, o Psol do município.

Em Cordeiro, o prefeito Salomão Lemos (PR) enfrentou, no final deste ano, uma Comissão Processante na Câmara de Vereadores. Os parlamentares aceitaram denúncia de gastos em torno de R$ 750 mil com medicamentos de alto custo pela Prefeitura. A CP chegou a ser aprovada na Câmara por oito votos a três, mas a juíza da Vara Única da Comarca local derrubou a decisão de afastamento do prefeito, alegando que a lei é inconstitucional.

O vice-prefeito de Cordeiro, o empresário Leandro Autoescola (PCdoB) também já teve desentendimento político com o prefeito Salomão Lemos, e já não estariam na mesma carteira política do parceiro de chapa.

O ano termina ainda com muitas incertezas.

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