Serviço serve de canal de comunicação entre a população e o Governo Municipal
Em funcionamento há três anos, a Ouvidoria Municipal da Prefeitura de Bom Jardim tem se mostrado eficaz na solução de problemas e melhoria na prestação do atendimento ao público. O serviço é um canal direto de comunicação criado para estreitar a distância entre o poder público e a população local, tornando mais ágil a prestação do serviço.
Segundo a assessora de Ouvidoria, Camilla Faria, qualquer cidadão pode entrar em contato com o canal do órgão. “A ouvidoria foi instituída no âmbito municipal e tem por finalidade atuar administrativamente na defesa dos direitos e interesses dos cidadãos junto à administração. Por isso, o munícipe que queira reclamar, pedir informações, elogiar, denunciar, criticar ou sugerir sobre os serviços prestados pela Prefeitura, deve manifestar-se através do site da Prefeitura – www.bomjardim.rj.gov.br –, telefone ou de forma presencial”, informou Camilla Faria.
Entre período de março de 2011 e abril de 2013, foram 2.026 manifestações protocoladas.
Outros municípios da região chegaram a criar ouvidorias, que não foram mantidas pelo Executivo. Foi o caso de Cantagalo, que teve o órgão criado na primeira gestão do ex-prefeito Guga de Paula (2005-2008), com status de secretaria, mas que não emplacou, sendo desativada em seguida. Ocuparam o cargo de ouvidor o ex-bancário e ex-vice-prefeito do município, Manoel Francisco de Paula Bon (já falecido), o ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal, Desidério Naegele Rodrigues, e o jornalista e empresário Célio Figueiredo.
Durante os meses que funcionou na cidade, o Ouvidoria Municipal teve um papel muito importante, pois dava oportunidade à comunidade de opinar. Segundo o jornalista Célio Figueiredo, que esteve à frente da entidade por dez meses, as administrações públicas em todo o país têm criado esta função, para facilitar o acesso da comunidade com as autoridades. “É uma pena que o Executivo não tenha dado o apoio necessário à utilidade de um órgão como este. Uma ouvidoria deve ser ouvida pelo prefeito e pelos secretários municipais. Ela é, na verdade, um termômetro da administração”, afirmou.
A Ouvidoria de Cantagalo foi desativada em 2009, no segundo mandato de Guga de Paula. A justificativa foi de que a Prefeitura necessitava fazer economia de recursos públicos.
No Prêmio Prefeito Empreendedor, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), quando Cantagalo venceu a premiação em nível estadual, os avaliadores do prêmio fizeram questão de conhecer e entrevistar o responsável pela Ouvidoria Municipal. “Foi, sem dúvida, um dos quesitos que pesaram na premiação conquistada por Guga de Paula. Uma pena que depois ele acabou com o órgão”, afirma Célio Figueiredo.