O horário de verão, que teve início domingo passado, 21 de outubro, quando os relógios foram adiantados em uma hora, terminará em 17 de fevereiro de 2013. Com a medida, o País irá economizar cerca de R$ 3 bilhões em gastos para a construção de novas usinas térmicas a gás, que seriam necessárias para garantir a segurança do suprimento de energia no horário de pico, se não houvesse a medida.
– Se não houvesse redução da demanda, o País teria que instalar usinas para atender às necessidades. Então, não instalando usinas, os gastos deixam de ser feitos – disse o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grüdtner. O adiantamento do horário diminui o carregamento nas linhas de transmissão, subestações e nos sistemas de distribuição. Segundo ele, a mudança de horário proporciona um ganho considerável para a segurança do sistema elétrico brasileiro. “Menor demanda implica maior segurança para o sistema, que não fica tão ‘estressado’. Há, também, maior flexibilidade operativa para liberar instalações para manutenção e redução da geração de energia térmica para atender a esse consumo”, explicou o secretário.
ECONOMIA – De acordo com expectativas do governo, com a adoção do horário de verão, será evitado um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas para suprir a demanda no horário de pico. Segundo Grüdtner, a redução da demanda de energia no horário de pico neste ano deve ser de cerca de 4,5%, o que representa 2,2 mil megawatts. A redução total de consumo deverá ser de 0,5%.
O estado do Tocantins adotou o horário de verão pela primeira vez. A Bahia, que aderiu ao sistema no ano passado, ficou de fora. Segundo Grüdtner, o governo baiano pediu a retirada por causa da rejeição da medida pela sociedade. O horário de verão é adotado em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
A medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a luminosidade natural pode ser melhor aproveitada.
O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932, pelo presidente Getúlio Vargas. Sua primeira versão durou quase seis meses, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932.
No verão seguinte, a medida foi reeditada com a mesma duração da primeira versão. Posteriormente, o horário de verão foi retomado em períodos não consecutivos, nos anos de 1949 até 1953, de 1963 até 1968, e, nos tempos atuais, a partir de 1985. O período de vigência é bastante variado, mas a média nos últimos 20 anos está em torno de 120 dias de duração.