A procura pelos suspeitos de envolvimento no assassinato do ex-prefeito de Macuco, Rogério Bianchini, começou em um flat, em Camboinhas, em Niterói, mas Daniel, apontado pelos policiais como o motorista do carro, não foi encontrado. Os agentes também estiveram num condomínio de luxo em Pendotiba à procura de um outro suspeito da morte de Rogério Bianchini, mas ele não estava em casa e as buscas por Daniel continuaram em São Gonçalo. No bairro Porto da Pedra, os policiais da DH conseguiram prender Daniel, após encontrá-lo na casa de sua mãe.
Os agentes tiveram que arrombar a porta e o suspeito, que estava dormindo, saiu algemado. Um computador e um telefone celular foram apreendidos.
– Três meses antes do crime, o vereador Douglas Borges (PSC) convocou o suspeito Daniel Aleixo para trabalhar com ele na Câmara dos Vereadores e, sendo demitido uma semana após cometer o crime – informou o delegado Fábio Barucke. O delegado disse que o crime teve motivações políticas.
Rogério Bianchini foi assassinado no dia 30 de abril, em frente à casa dele, quando voltava de uma caminhada. O ex-prefeito levou cinco tiros, que foram disparados de dentro de um carro. Já em 2006, o ex-prefeito Maurício Bittencourt também foi morto a tiros, dois anos depois de deixar a Prefeitura. No ano passado, um outro caso chocou a comunidade da região, o assassinato do empresário Carlos Amílcar Teixeira. Ele foi alvejado a tiros dentro do próprio posto de gasolina.
Os vereadores Douglas Borges (PSC) e Frank Lengruber (PSD) negaram qualquer participação no crime. Douglas afirmou que fez oposição a Rogério Bianchini durante dez anos, mas que nunca teve desentendimentos com o então prefeito. Disse, ainda, que, agora, faz parte do grupo político do atual prefeito, Félix Lengruber.
Em relação ao assessor Daniel Aleixo, suspeito de participação direta no crime e preso na operação, o vereador afirma que o conheceu por meio de uma amigo em comum no final do ano passado e que nunca desconfiou dele. “Não percebi nenhum tipo de mudança nos hábitos dele”, disse sobre o homem contratado por ele e demitido uma semana após o homicídio e flagrado dirigindo um veículo idêntico ao do crime.
Já o vereador Frank Lengruber afirmou não ter tido desavenças políticas com o ex-prefeito Rogério Bianchini. O vereador disse também que não conhecia Daniel, ex-assessor de Douglas. “Eu não tive envolvimento com Daniel em momento nenhum”, defendeu-se.