Política pública nacional pode evitar importação desenfreada de leite

 

Alerj está preocupada com a importação de leite em pó da Argentina e do Uruguai

A necessidade de políticas públicas nacionais para fortalecer a cadeia produtiva do leite e conter a importação desenfreada de leite em pó de países como Argentina e Uruguai pautaram a audiência pública conjunta entre a Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Rogério Cabral (PSB), e a Subcomissão Permanente do Leite da Câmara dos Deputados. O evento ocorreu segunda-feira passada, 3 de outubro. “Essa política nacional pode fortalecer as medidas que vêm sendo adotadas no âmbito do estado e que objetivam uma maior interlocução entre produtores e indústrias de derivados. Assim, podemos garantir ao consumidor um preço justo e um produto de qualidade”, afirmou o parlamentar.

Para o presidente da Subcomissão Permanente do Leite, deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), a Alerj tem papel de destaque na discussão de uma política nacional, pelo fato de o estado possuir o segundo maior mercado consumidor do produto no País. “Mesmo com esse grande mercado, há um potencial de produção no estado ainda não explorado. As medidas de incentivo destinadas, em especial, aos pequenos produtores podem gerar emprego e renda, fixando o homem no campo”, disse. Para Sávio, as discussões devem focar no “estudo e proposição de medidas que apoiem toda a cadeia produtiva do leite, buscando preços justos para produtores, incentivos fiscais à indústria e, finalmente, oferta para o consumidor”.

O secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, defendeu um “pacto federativo” do leite, promovendo uma união entre os estados no que se refere a políticas fiscais e restringindo a entrada de produtos de fora do País. Áureo classificou esses produtos como danosos aos produtores e indústrias de derivados na medida em que criam concorrência desleal. Ele citou os programas de incentivo aos pequenos produtores, como o Rio Leite, que prevê linhas de crédito para a compra de equipamentos para processamento e resfriamento do leite, visando ao aumento da produção e à qualidade do produto.

– Hoje, posso dizer que o Rio é o estado brasileiro que tem a política mais completa para a atividade leiteira, mas, se não tivermos uma legislação federal de incentivo, essas medidas não terão mais efeito a médio prazo – alertou o secretário.

O evento contou com participação o vice-presidente da Comissão de Agricultura da Alerj, deputado João Peixoto (PSDC); do deputado federal Carlos Magno (PP-RO); do diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Francisco Vilela; e do presidente da Federação de Agricultura Pecuária e Pesca do Rio (Faerj), Rodolfo Tavares.

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

COMPARTILHE

Share on facebook
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email