A exemplo dos demais, Boa Sorte, quinto distrito de Cantagalo, tem previsão de receber R$ 3,270 milhões em recursos próprios para obras de investimento na comunidade nos próximos quatro anos – 2014 a 2017. A informação foi levada aos moradores no dia 7 de agosto, quando foi realizada, no Centro Administrativo Cel. Custódio Marques Ferreira, a audiência pública para a definição das prioridades do distrito, na opinião dos moradores.
No início do evento, o prefeito Saulo Gouvea (PT) voltou a afirmar a sua visão sobre a abertura que o Governo Municipal tem dado para a elaboração dos orçamentos. “Além de cumprir uma determinação legal, estamos aqui porque entendemos que esse é o melhor caminho para aplicar os recursos que temos disponíveis, em estimativas, para vocês. Trata-se de realmente fazer com que o povo participe da administração pública e também divida conosco as responsabilidades. Quero dizer, também, que esse montante se refere apenas a recursos da própria Prefeitura, mas estamos com várias ações que buscam recursos externos, nas áreas estadual e federal, o que poderá melhorar muito as nossas propostas para Boa Sorte e o município como um todo”, destacou o prefeito, que também fez uma explanação geral da sua gestão nesses primeiros meses de trabalho.
Comandando a audiência, o secretário de Governo e Planejamento, Márcio Longo, explicou, em linguagem simples, a planilha que mostra os números da Prefeitura, entre despesas, receitas e estimativas de investimentos. Cada participante da reunião recebeu os números, não só para acompanhar no local, junto às explicações, mas para levar para casa e analisar com mais calma. Também faz parte do documento uma espécie de carta assinada pelo prefeito em que explica as propostas do programa, além de um questionário para entrega posterior à Administração Distrital local. Nesse questionário, o cidadão poderá não só fazer uma avaliação dos serviços, com respostas simples e objetivas, mas, também, apontar demandas, fazer comentários e apresentar sugestões, que também serão analisadas pelo governo municipal.
No total, a Prefeitura estima que, no próximos quatro anos, terá R$ 21,8 milhões, em recursos próprios, para aplicar em obras no município. Desse montante, 40% serão destinados ao Centro da cidade e aos bairros adjacentes, enquanto que os demais 60% irão para os distritos, contemplando, cada um, com 15%, o equivalente a R$ 3,270 milhões. “Vemos, nessa divisão, uma forma de fazer justiça, além de cumprirmos o que prevê a legislação”, ponderou o prefeito Saulo Gouvea.
No período compreendido – 2014 a 2017 –, a Prefeitura estima arrecadar, pelo menos, R$ 380.265.472,79, enquanto que a despesa, também por estimativa, deverá ficar em R$ 367.939.257,36, o que garantirá ao município um superávit de R$ 12.326.215,43, chamado por Márcio Longo de “reserva de contingência”, ou seja, são recursos guardados para eventualidades, uma espécie de “remédio administrativo-financeiro” para contornar as ocorrências incertas e imprevisíveis que poderão ocorrer no futuro.