Em tempos de distanciamento social, onde o afeto pessoal dá espaço para a convivência digital, uma conversa e uma palavra de incentivo podem ser fundamentais para a rotina de um ser humano, sobretudo os que vivem na pele as dificuldades de uma das maiores pandemias da história. Com aprovação do prefeito de Trajano de Moraes, a Secretaria Municipal de Assistência Social disponibilizou em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde um serviço chamado: Suporte e Apoio Emocional por Telefone. A atividade consiste em oferecer aos moradores atendimentos todas as terças e quartas-feiras sempre das 9h às 18h e 30min.
De acordo com o prefeito Rodrigo Viana, essa opção em plena quarentena deverá amenizar a angustia de várias famílias. “A consulta segue a mesma linha de um atendimento presencial, realizada em uma sala de atendimento profissional. Porém dessa vez o atendimento é sem a presença do paciente, mas por meio de conversa via telefone – virtual. Espero que desta forma possamos ajudar as pessoas que precisam desse apoio. Quero agradecer a secretária municipal de Assistência Social, Verônica Fazoli pela iniciativa e transparência em mais esse trabalho”, agradeceu o chefe do executivo.
A consulta será feita pela psicóloga Luciana Ramos de Paula, e pode ser marcada pelo número de celular (22) 98114-0862. “O atendimento psicológico presencial já existia na Policlínica Doutor Augusto Lengruber. Somos três psicólogas atuando no momento na Secretaria Municipal de Saúde. Com início da quarentena passei a realizar os atendimentos on-line, já que o isolamento social é muito importante e o Conselho Federal de Psicologia – CFP orientou que se possível, quando não fosse casos graves ou de urgência que fossem feitos dessa forma”, explicou a psicóloga Luciana Ramos.
Ainda de acordo com ela os estudos revelam que casos de ansiedade e estresse aumentaram mais que o dobro e casos de depressão tiveram aumento de 90% neste período. “Então, me baseando em outros serviços que disponibilizam esse tipo de atendimento tive a iniciativa de oferecer o suporte emocional por telefone durante esse período. A princípio entrei em contato com a Subsecretária da Saúde, Michele Machado e perguntei se poderia fazer e de imediato falou que poderia. Então a Secretária de Assistência Social Verônica em parceria com o Secretário de Saúde Lucas e o Prefeito Rodrigo Viana apoiaram e deram prosseguimento a iniciativa”, relatou.
A gestão pública municipal acredita que o atendimento psicológico é importante pois ajuda as pessoas a gerenciar suas emoções, lidar com os pensamentos que causam desconforto e enfrentar as situações do cotidiano. “A assistência social é tão importante quanto à saúde nesse momento. Precisamos facilitar a vida das pessoas e orientar sobre os locais que devem procurar quando estiverem com dificuldades. O trabalho é feito todo pensando no amor, totalmente no amor do próximo. Também para ajudar a dar uma melhor qualidade de vida para as pessoas e direcioná-las para trilhar um melhor caminho neste momento de isolamento social”, exemplificou o prefeito Rodrigo Viana.
Apesar dos problemas enfrentados e dos diferentes casos atendidos no dia a dia, segundo a secretária de Assistência Social, Verônica Fazoli o mais importante e gratificante é ver os resultados do atendimento fazerem a diferença na vida das pessoas. “Quero dizer aos moradores de Trajano de Moraes e dos distritos que estejam precisando de suporte emocional durante a pandemia do Coronavírus que procure a gente por contato de celular, ou seja, virtual. Nosso trabalho pode sim ajudar uma vida. A profissional que faz o atendimento é registrada no Conselho Regional de Psicologia – CRP. Nossa meta é ajudar as famílias”, comentou a secretária da pasta.
Vale destacar ainda que o teor do bate-papo é no sentido de oferecer amparo para o paciente e até mesmo a outras pessoas que por ventura precise de atendimento. “A ideia é oferecer apoio emocional nesse momento de isolamento. No caso de um paciente que está em confinamento, isolado da família, por exemplo, todos sabem que isso gera angústia e até sofrimento. Estamos falando não só da questão física, mas também da emocional, da solidão, do medo pelo diagnóstico, o que pode acontecer com ele (paciente). Nosso trabalho é tentar minimizar o sentimento de impotência”, concluiu Verônica Fazoli.