Trabalho segue estudo da Estácio de Sá, que sacrifica 40 eucaliptos, contra 102 se fosse seguida orientação do Iphan
No último dia 28 de janeiro, o prefeito de Nova friburgo, Rogério Cabral (PSD), realizou uma coletiva de imprensa para falar sobre as ações que levaram ao corte e poda de árvores da histórica Praça Getúlio Vargas, no Centro da cidade, e que vem causando protestos.
Segundo o prefeito, a prioridade é a segurança das pessoas que passam pelo local. Rogério Cabral apresentou laudos de todas as árvores cortadas e voltou a afirmar que a medida está baseada em um estudo da Universidade Estácio de Sá (Unesa), que aponta a necessidade de corte raso de 40 eucaliptos e a poda de outros 44.
De acordo com o secretário municipal de Defesa Civil, João Paulo Mori, a Praça Getúlio Vargas possui 160 eucaliptos e se o município seguisse o estudo apresentado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), seriam cortados 102 eucaliptos. “Optamos pelo estudo da Estácio de Sá e também realizamos radiografia e perfuração dos eucaliptos. A árvore maior, que foi cortada nesta segunda-feira (referência ao dia 26 de janeiro), apresentava podridão”, disse Mori.
O prefeito Rogério Cabral apresentou a Proposta de Requalificação Urbano Paisagístico da praça, elaborada pelo Iphan. Segundo o município, o documento foi entregue em outubro de 2013. O valor do projeto é de R$ 8 milhões. A Prefeitura afirmou que buscará parcerias com o Governo Federal ou com o Governo do Estado para iniciar o projeto.
Ainda de acordo com Rogério Cabral, a decisão foi tomada após uma série de acidentes no local e que colocaram em risco a vida das pessoas.
– Nós também realizamos uma audiência pública no Teatro Municipal, em outubro de 2013. Esse é um assunto que foi muito discutido e já era para ter sido resolvido há anos – disse o prefeito de Nova Friburgo.
Nos últimos dias, algumas manifestações têm ocorrido na cidade contra o trabalho que vem sendo feito pela Prefeitura. Esta semana, até a Polícia Militar (PM) esteve no local para apaziguar os ânimos em mais um dos protestos realizados na praça.