A Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirmou que não há surto de malária no estado do Rio de Janeiro. Em nota enviada ao Portal G1, o órgão afirmou que foram registrados 14 casos da doença e os locais de infecção são os municípios de Miguel Pereira, com três casos, e, na Região Serrana, Nova Friburgo e Petrópolis, com dois registros em cada cidade, e Teresópolis, com uma pessoa infectada. A origem dos outros seis casos já confirmados permanece em investigação.
Já o Ministério da Saúde informou que foi notificado pela SES sobre os 14 casos em pessoas com histórico de deslocamento para áreas cobertas de Mata Atlântica e arredores. O ministério disse que está acompanhando a investigação dos casos que ocorreram nas últimas três semanas na Região Serrana. Apesar disso, não foram notificados casos graves da doença.
Segundo dados do Estado, anualmente, são registrados casos de malária, ou seja, não é possível afirmar que a doença esteja erradicada no estado. De acordo com o Ministério das Saúde, em 2013, o Brasil registrou o menor número de casos de malária dos últimos 33 anos, com 178.614 casos notificados, representando uma queda de 71% comparado aos 615.246 casos notificados no ano 2000.
– A Incidência Parasitária Anual (IPA), que mensura o risco de se contrair malária, reduziu na região amazônica quase 80% no mesmo período, passando de 29,4 casos/1000 habitantes em 2000 para 6,3 em 2013, alterando a situação do país de médio para baixo risco em contrair malária – informou o Governo Federal por nota.
Para a Secretaria Estadual de Saúde, a situação é de alerta apenas para pessoas que circulam em regiões próximas de área de Mata Atlântica, já que o forte calor favorece o desenvolvimento do mosquito. “Como a transmissão ocorre em ambiente silvestre, a orientação para as pessoas que tenham frequentado áreas de Mata Atlântica e apresentem quadro febril é para que busquem atendimento médico, informando o histórico de viagem, para facilitar o diagnóstico e o início de tratamento adequado”, afirmou a SES.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), responsável por estudar e identificar a doença, informou que a população pode fiar tranquila. Especialistas da Fiocruz afirmaram que o diagnóstico rápido é fundamental e o “Malária-Fone” está disponível para atender profissionais de saúde que precisem de auxílio em casos suspeitos.
Nos últimos dias, mais um caso de malária surgiu. A pessoa começou a sentir dores de cabeça, calafrios e suor. Ela foi medicada na rede particular de medicina da cidade, e exames foram feitos e encaminhados para o Rio de Janeiro, para melhor análise do caso. O médico suspeitou dos sintomas, mas ainda não está confirmado se realmente é a malária.