Setor, no Centro-Norte, é composto por, aproximadamente, 1.340 empresas
A presidente da Representação Regional da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) no Centro-Norte Fluminense, Nelci Layola Porto, apresentou, durante a reunião da Câmara de Arranjo Produtivo Local (APL), importantes informações como o histórico do APL de Moda Íntima do município de Nova Friburgo, suas características, a governança e o papel do APL na região. A reunião contou com a presença da subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio.
O APL de Moda Íntima é um grande transformador do desenvolvimento econômico da região. O setor é composto por, aproximadamente, 1.340 confecções, que são responsáveis por 20 mil postos de trabalhos (12 mil diretos e oito mil indiretos) e por 25% da produção nacional, totalizando a produção de 114 milhões de peças por ano. “São conquistas grandiosas e consolidadas, o que faz do APL de Moda Íntima um case de sucesso”, conta Nelci Loyola Porto.
A presidente destacou o apoio dos poderes públicos, em especial do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços. Ela citou entre as conquistas a Lei 5.720, de 13 de maio de 2010, que criou a ‘Capital da Moda Íntima’, a criação do Selo ‘A Capital da Moda Íntima é Nossa’, a lei de incentivo fiscal do Governo do Estado, que desonerou o ICMS (Imposto dobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) das empresas da região, além da implantação do programa de qualificação de fornecedores em parceria com a ABVtex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil). A organização das empresas no APL foi essencial para obtenção dessas conquistas.
Na mesma reunião, o professor da UFRJ e coordenador do grupo de pesquisa Observatório de Estudos sobre o Rio de Janeiro, Mauro Osório, apresentou um levantamento dos principais dados do setor e da região até 2011 e conduziu debates a respeito do setor.
O principal debate se deu em torno do alto índice de turnover (rotatividade de pessoal) nas empresas. A dificuldade na contratação de empregados com carteira assinada tem como principais causas o aumento do número de trabalhadores, que preferem atuar na informalidade, o que acaba mascarando o número real de empregados do setor na região.