Secretário de Fazenda propõe criação de comitê para discutir economia do Estado do Rio

Secretário de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, Guilherme Mercês
Secretário de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, Guilherme Mercês

O secretário de Estado de Fazenda do Rio de Janeiro, Guilherme Mercês, propôs a criação de um comitê técnico permanente para discutir questões econômicas do Estado do Rio com base em dados científicos gerados por matrizes econômicas. A sugestão foi feita durante uma reunião virtual da qual também participaram o deputado Luiz Paulo (PSDB) e o professor da Universidade Federal Rural do Estado do Rio de Janeiro (UFRRJ) Joílson Cabral.

O deputado Luiz Paulo disse que vai levar a sugestão da criação do comitê ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), e que o grupo pode ajudar na construção de um plano estratégico de saída da crise. “É hora de darmos esse salto de qualidade, sair do empirismo e ter coisas mais científicas”, avaliou Luiz Paulo.

De acordo com a proposta de Mercês, universidades e entidades de pesquisa também participariam do comitê: “Com isso, damos uma sinalização para a sociedade que existe um grupo técnico pensando no Estado do Rio de Janeiro, com ferramentas para tomar as decisões e avaliar políticas públicas”.

As matrizes são modelos que reproduzem as relações da cadeia econômica e simulam o impacto de mudanças tributárias, por exemplo. Esses modelos são conhecidos como CGE, sigla em inglês para Modelo de Equilíbrio Geral Computável. “Sempre sonhei em construir as matrizes insumo-produto do Rio. São as ferramentas que temos para fazer esse tipo de estudo. Outros modelos não conseguem trabalhar com um mundo que muda tanto quanto o de hoje. Esse é um dos grandes trabalhos que o Rio pode ter. Será fundamental construir uma ferramenta como essa”, afirmou Guilherme Mercês.

O secretário deu um exemplo bem-sucedido do uso das matrizes. O governo da Califórnia criou uma lei segundo a qual qualquer alteração legislativa na área tributária com impacto superior a 50 milhões de dólares tem que passar por um modelo de equilíbrio desenvolvido por uma universidade local. Essa análise dá subsídios para a tomada de decisão.

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