Jornal da Região (JR): Quando e como entrou na política?
Félix Lengruber (FL): Entrei na política em 1988 como presidente de partido, embora desde 1985 eu já participasse de movimentos estudantis através da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
JR: Quais os cargos já exercidos na vida pública?
FL: Como disse, após 1988, fundamos o Movimento Jovem Macuco Livre, que lutou pela emancipação de Macuco, sendo presidente e tendo o jovem Marcelo Mansur como vice-presidente. Posteriormente, tive a oportunidade de ser diretor do Hospital São Vicente, secretário de Saúde em Duas Barras e Macuco e vice-prefeito de Macuco por oito anos.
JR: Como surgiu a oportunidade de pré-candidatura a prefeito do município?
FL: A oportunidade vem então a partir dos ideais de luta de uma política séria e honesta voltada para uma justiça social, além da vontade da população e apoio do nosso grupo político.
JR: Como vice-prefeito por oito anos, ninguém melhor para falar sobre o período do prefeito Rogério Bianchini na Prefeitura. Qual a sua avaliação desse período?
FL: Foram quase oito anos de boa relação, respeito, compreensão e, principalmente, muito esforço. Divido em duas fases: a primeira durou dois anos de muito trabalho, ajuste da máquina administrativa e controle fiscal e financeiro, além de recompor o que havia sido perdido em seu convênio; a segunda fase foram de seis anos de crescimento, desenvolvimento, um grande pacote de obras de infraestrutura e urbanização, grandes avanços na área educacional e fazer de Macuco um modelo na Região Centro-Norte no que se refere à captação de recursos.
JR: Quais são as perspectivas e oportunidades para Macuco nos próximos quatro anos?
FL: As perspectivas giram em torno de um governante que tenha um perfil descentralizado, humano, voltado para as áreas de saúde e social, porém mantendo a gestão fiscal e financeira saudável.
JR: Macuco enfrenta problemas para a geração de receitas, assim como a maioria dos municípios pequenos. A atração de empresas de médio e grande portes ajuda a aliviar as receitas e ainda gera empregos diretos e indiretos. Existirá alguma preocupação na atração e manutenção de empresas nesse perfil?
FL: Temos que continuar insistindo nas parcerias público-privadas, boa relação com as cimenteiras da região e as empresas que nelas prestam serviços no ramo metal-mecânico. Logo, temos que investir na atração de empresas deste ramo, investir na qualificação e atuação de empresas do ramo têxtil e buscar avançar no incentivo ao comércio local para atrair empregos.
JR: Além da atração de médias e grandes empresas, atualmente o fomento pela criação de pequenas e microempresas tem sido um diferencial em modelos de sucesso em diversas cidades. Como vê essa relação do Executivo municipal com o incentivo às micro e pequenas empresas?
FL: Basicamente, no que falei anteriormente, através de incentivos fiscais, parceiros para atrair mais empregos no comércio local e incentivo pra microempresas através de parcerias com o Sebrae-RJ.
JR: Ainda sobre o tema economia, uma briga que influencia diretamente o município é a disputa pelos limites com Cantagalo, que englobam as fábricas de cimento. Quais suas expectativas para uma solução do caso?
FL: Este é um caso de grande injustiça cometido a um município que dura quase 40 anos Porém, hoje temos um grande escritório de advocacia, de Nabor Bulhões, que vem defendendo os interesses de Macuco. Acredito na justiça e sei que ela será feita, baseada em dados concretos que temos. Como outros lutaram por nossos direitos, o Executivo continuará lutando. Hoje, a nossa situação é de otimismo.
JR: Outro tema relevante é a saúde. Quais pontos destaca a serem observados na área da saúde para o município?
FL: Sabemos que o próximo governante deverá colocar a saúde como prioridade, além de concretizar, de fato, o nosso tão sonhado hospital. Temos que cuidar com carinho de nossa gente, do nosso lugar, criarmos a nossa policlínica de especialidades, avançar na Estratégia de Saúde da Família (ESF) e valorizar mais ainda o servidor público, não só através da remuneração, mas também na capacitação contínua.
JR: Ainda na fase de pré-candidatura, como está o apoio de outros partidos à sua pré-candidatura? Será o candidato da situação, com apoio do atual prefeito?
FL: A pré-candidatura conta com apoio do prefeito Rogério Bianchini, do governador Sérgio Cabral, do vice-governador Luiz Fernando Pezão, do presidente do PMDB, Jorge Picciani, além do senador Lindbergh Farias, dos deputados André Corrêa, Leonardo Picciani, Albertassi, Gustavo Tutuca, Glauber Braga, Rogério Cabral, Christino Áureo e outros de grande importância no cenário político atual. Isto, juntamente com a força do povo, nos torna fortes e com respaldo para saber que a população hoje entende que somente com parcerias entre município, Estado e União é que vamos continuar avançando.