Trajano é o município de menor desenvolvimento do estado do Rio

Da região, apenas Nova Friburgo é considerado de alto desenvolvimento

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou, esta semana, a quinta edição do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) do ano de 2010. E o município de Trajano de Moraes foi apontado como o município de menor desenvolvimento do estado do Rio de Janeiro.

Para piorar, quatro de nove municípios da região analisados pelo JORNAL DA REGIÃO ficaram entre os dez piores do estado. Além de Trajano de Moraes, Duas Barras, Carmo e Cantagalo estão no final da lista.

Na outra ponta aparece Nova Friburgo, avaliado como o 11º município mais desenvolvido do Rio de Janeiro. De quebra, a avaliação de 2010 apontou que o município alcançou, pela primeira vez na avaliação do histórico, acima de 0,8, considerado alto índice.

Criado pelo Sistema Firjan para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros, o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revelou, em sua quinta edição, que entre 2000 e 2010, mais que dobrou a quantidade de cidades brasileiras em patamar moderado de desenvolvimento. Nesse período, a participação de municípios na faixa moderada subiu de 30,1% (1.655 municípios) para 61% (3.391 municípios). No mesmo período, também caiu a presença de cidades na categoria de baixo desenvolvimento: de 18,2% (1.005 municípios), em 2000, para 0,3% (seis municípios). Embora continue pequeno, o número de cidades com patamar de alto desenvolvimento registrou crescimento expressivo. Passou de 19 cidades, em 2000, para 328 cidades, em 2010.

A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas, também, avanços nas áreas de emprego, renda e educação.

A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente ‘Emprego e Renda’. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010. Apesar do significativo crescimento, o IFDM ‘Emprego e Renda’ avançou em pouco mais da metade (52,2%) das cidades brasileiras, onde foram gerados 75% dos empregos com carteira assinada em 2010, revelando que o mercado formal de trabalho brasileiro ainda é concentrado.

A categoria ‘Educação’ manteve a tendência de evolução observada nos últimos anos e alcançou 0,7692 pontos, desenvolvimento moderado. A pontuação representou um avanço de 2,5% em comparação com o ano anterior, com crescimento em 81,5% dos municípios. Em particular, destacou-se a expansão no atendimento da educação infantil no Brasil, que, em 2010, progrediu em mais de 80% das cidades. A quantidade de crianças em idade pré-escolar matriculadas no País subiu de 34,9%, em 2009, para 40,1%, no ano seguinte.

Na ‘Saúde’, o indicador ficou praticamente estável, mas manteve-se em patamar de alto desenvolvimento, atingindo 0,8091 pontos: crescimento de 0,9%, em 2010, quando 64,8% dos municípios avançaram nessa área de desenvolvimento. Entre as variáveis de saúde básica acompanhadas pelo estudo, o destaque de 2010 ficou para o aumento do número de gestantes com sete ou mais consultas pré-natal, o que ocorreu em quase 70% do País. Ainda assim, apenas 5,3% dos municípios têm mais de 90% das gestantes fazendo pré-natal corretamente.

Discordando dos dados do estudo da Firjan, divulgados, pela primeira vez, no início deste ano, vários municípios entram com questionamentos para revisão de informações e dados.

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