Transposição do Paraíba do Sul provoca reação de deputados do estado do Rio

Medida foi anunciada pelo governo do estado de São Paulo para resolver abastecimento

Com o objetivo de preservar o principal rio fluminense, o líder do governo  na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado estadual André Corrêa (PSD), apresentou uma moção de repúdio contra a transposição do Rio Paraíba do Sul, que contou com o apoio de vários parlamentares.

O objetivo é entregar a moção ao governador Sérgio Cabral durante uma audiência. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, recentemente, que o seu estado pretende, em breve, iniciar um programa de captação de água da bacia do Rio Paraíba do Sul, na região do Vale do Paraíba, para abastecer o Sistema Cantareira, que apresentou a pior seca da sua história, principalmente com a pouca chuva registrada no último verão. 

Segundo André Corrêa, o Rio Paraíba do Sul é a principal fonte de abastecimento de água e energia para o estado do Rio de Janeiro e não pode ser sacrificado para uma pseudossolução de problemas paulistas. “A proposta do governo do estado de São Paulo, além de ferir o Pacto Federativo assinado na década de 1950, não se apresenta como solução para a atual crise de abastecimento daquele estado, pois as obras necessárias levariam mais de 18 meses para serem concluídas”, afirmou o parlamentar carioca.

O deputado ainda reitera que os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais podem e devem buscar na captação das águas do Vale da Ribeira a solução para seus problemas de abastecimento.

O  Paraíba do Sul atravessa a Região do Vale do Paraíba (que abrange parte do Leste de São Paulo e Sul do Rio de Janeiro). Ele perfaz um percurso total de 1.137 km até a foz em Atafona (São João da Barra), no Norte Fluminense, sendo de extrema importância para o abastecimento e geração de energia fluminenses. Foram em suas águas que  encontraram a estátua de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em meados de 1717.

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