Projeto enfrenta empecilhos no momento
O Consórcio UHE Itaocara, constituído por duas empresas brasileiras com tradição na área de energia elétrica, a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) e a Itaocara Energia, do grupo Light, terá que vencer três obstáculos para iniciar as obras da UHE Itaocara este ano. O primeiro deles é o licenciamento ambiental. Mudanças na equipe do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) que cuidava do projeto vão ampliar o prazo para a análise da licença de instalação da usina. Com isso, há risco de perda da janela hidrológica, em maio, conforme anunciou a revista Brasil Energia.
O segundo obstáculo é a explosão de preços no aquecido mercado construtor brasileiro, sobretudo no Rio de Janeiro, por conta da Copa do Mundo e das Olimpíadas, o que ameaça o orçamento inicialmente previsto. O investimento estimado é da ordem de R$ 1,1 bilhão, repartido por Light (51%) e Cemig (49%), com financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Por último, a falta de sinalização de preços no mercado livre. Segundo o diretor de Energia da Light, Evandro Vasconcelos, os preços estão camuflados pelos encargos do setor. Com isso, o valor atual da energia no mercado livre, da ordem de R$ 90/MWh, não viabiliza o projeto.