JR) Com a divisão do projeto, a Aneel pediu novos estudos para a barragem que ficaria mais acima do rio, a Itaocara II. Haverá uma nova licitação para essa barragem?
LCA – A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) colocou o projeto à disposição de empreendedores que tenham interesse em fazer os novos estudos para a implantação e operaração da Usina Itaocara II.
JR) O Ibama publicou um parecer técnico sobre os documentos apresentados (EIA/Rima). O consórcio avalia as observações desse parecer como positivo ou negativo?
LCA – Positivo. As observações vão ao encontro não só no âmbito que o consórcio já vem realizando, mas também na abrangência das ações de mitigação dos impactos nas áreas afetadas.
JR) Para obtenção da licença de instalação, será necessária a elaboração de Plano Básico Ambiental. Em quanto tempo esse plano deve estar pronto e qual a expectativa para obtenção da licença de instalação?
LCA – Nossa expectativa é que o Plano Básico Ambiental (PBA) fique pronto até maio e a concessão da licença de instalação no início do segundo semestre deste ano.
JR) Que ações serão detalhadas nesse Plano Básico Ambiental?
LCA – Todas as ações que visam neutralizar, minimizar ou compensar os impactos que possam ocorrer com a instalação da usina. Serão detalhados todos os programas com relação a socioeconomia, aquisição de terras, fauna, vegetação, água e comunicação social, contemplando todas as ações necessárias já levantadas no EIA/Rima.
JR) Com a licença de instalação, as obras já poderão ser iniciadas? Qual será o tempo total da obra e quantos empregos irá gerar na região da instalação da usina?
LCA – Sim, a licença de instalação autoriza o início das obras. O tempo total das obras, que deverá gerar 1,5 mil empregos diretos.
JR) Qual a expectativa para que a UHE Itaocara I esteja gerando energia?
LCA – A previsão é de que a usina entre em operação a partir de 2016.
JR) O Rio Paraíba do Sul subiu de forma considerável em janeiro, alagando diversas áreas por onde passa. A represa está preparada para esse impacto? Como a presença da barragem pode influenciar, positiva ou negativamente, em momentos como esse? Há riscos de rompimento?
LCA – A usina não vai inteferir nas cheias do Rio Paraíba do Sul. Ou seja, as enchentes continuarão acontecendo na mesma proporção. No entanto, é importante ressaltar que a usina poderá contribuir positivamente porque disponibilizará mecanismos de avisos prévios à população sobre as cheias, através do Programa de Segurança e Alerta, que envolvem não só acompanhamento prévio, vazões do rio e precipitações pluviométricas, como o contingenciamento prévio de ações juntamente com a defesa civil e poderes executivos.
Com relação ao rompimento, as duas empresas que formam o Consórcio UHE Itaocara, a Cemig e a Light, são dois grupos com tradicão na área de construção de usinas hidrelétricas, bem como na implantação de sistemas de monitoramento e acompanhamento das estruturas dos barramentos construídos.
Além disso, para estas construções são utilizados fornecedores com bastante experiência e que estes barramentos são construídos com a qualidade e seguranças necessárias.