A arca de Noé do Século XXI

Imagine um indivíduo sozinho, que resolveu salvar todos os animais abandonados do planeta; não é ONG, não tem um abrigo, mas difunde a ideia de adoção como fator de melhoria da saúde mental e da qualidade de vida das pessoas. O São Francisco deste tempo se chama Erasmo e também está preocupado com os animais sem lar, mas, principalmente, com os lares sem animais e está mudando conceitos sobre quem precisa de ajuda de quem. Seu trabalho está sendo usado como fonte de pesquisas para teses universitárias nos Estados Unidos e tudo isso começou há setenta anos, quando a cidade de São Paulo tinha ruas de terra e água de poço.

O número de animais sem um lar definitivo é muito pequeno, em comparação com a população humana. Literalmente, se todas as famílias resolverem adotar um amiguinho de quatro patas, teremos filas de espera. Se a opção for por adotar um anjo com três patas, cego, sem raça definida, então, estaremos trabalhando conceitos de aceitação da diversidade, aceitando todos os seres vivos como eles são, sem dividir por raça ou aparência. Leve o exemplo para humanidade e não teremos mais que punir pessoas por racismo, homofobia e todos os tipos de divisão. É o começo da percepção de que o Planeta Terra é um ser vivo e que cada forma de vida depende uma da outra.

Um animal adotado deixa de ser problema para se tornar solução, gera empregos e traz para o coração das pessoas um tipo de paz que só os seres criados por Deus podem proporcionar. É só abrir o portão de casa e acolher um amigo fiel, que lhe ensinará o que é o amor incondicional, o perdão, a felicidade que vem das pequenas coisas, é o passeio com o cachorro, que queima colesterol e cura depressão sem remédios químicos, é o gato que ronrona no colo da pessoa solitária, esquecida pela sociedade, mas lembrada pelo anjo peludo como alguém especial. Adotar um humano faz com que o anjo cumpra sua missão, de trazer um pouco do Reino de Deus para nós.

O mendigo pode adotar um animal de rua. O bilionário também. A criança aprende a ter responsabilidade, o idoso se sente útil. O presidiário encontra algo produtivo para fazer, o autista interage com o animal e estreita seu contato com o mundo. A gestação de uma gata ou cadela ensina aos adolescentes como é trazer uma vida ao mundo e educa sem precisar de palavras. Todos adotam um animal e compartilham a experiência nas redes sociais, ao invés de dancinhas e polarizações políticas. A sociedade investe em ração e não em munição, o ânimo de todos melhora e todos os dias se parecerão com um domingo de sol. Tudo isso, gratuitamente!

Tem anjos por toda parte, estrategicamente posicionados. Adote o cachorro que está na sua rua, ou o gato que anda sobre seu muro. Depois, visite o site animaissaoanjos.wordpress.com e compartilhe o link com seus amigos, acrescentando sua experiência pessoal. Em breve, as ONGs se transformarão em lares temporários e a humanidade estará mais próxima de sua origem, divina. Para ver o olhar de Deus, basta olhar nos olhos de um animal resgatado. Sim, animais são anjos e eles estão no meio de nós!

 

Professor Erasmo Francisco de Oliveira
Professor Erasmo Francisco de Oliveira

 

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