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Fábrica começou em 17 de janeiro de 1920
Em Santa Rita da Floresta, segundo distrito de Cantagalo, uma pequena fábrica artesanal e familiar produz chapéus para escolas de samba. Ela pertence a Bruno Zanon, funciona nos fundos de sua casa e foi herdada dos avós italianos. Ao lado da mulher, do filho e de uma funcionária, Bruno confecciona chapéus diretamente para a escola de samba Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro. As outras escolas cariocas também compram materiais produzidos em Santa Rita da Floresta.
As escolas de samba do município de Cantagalo e de municípios vizinhos também são compradoras de chapéus e adereços de palha. “´Produzimos em torno de 30 mil peças de chapéu por ano para as escolas do Rio de Janeiro”, informa Bruno Zanon.
Eles são feitos de palha de carnaúba, que o artesão manda vir do Ceará. Os chapéus de palha já adornaram personagens da novela O Clone e do seriado O Quinto dos Infernos, da Rede Globo de Televisão. Os chapéus de Bruno Zanon também estiveram presentes na abertura do Jogos Panamericanos de 2007, no Rio de Janeiro. O evento foi organizado por Rosa Magalhaes.
A transista ou transadeira já foi marca registrada de Santa Rita da Floresta. “Era comum, no final de tarde, as pessoas sentarem às portas de suas casas para trançar a palha”, lembra Bruno Zanon, que, hoje, é o único a manter viva a tradição, aprendida, ainda menino, com o pai, Romeu Zanon.
Em sua fabriqueta, vende um tipo de chapéu, o “coquinho simples”, que, segundo ele, não existe em nenhum outro lugar no estado do Rio de Janeiro. Suas máquinas de costura são do início do século XX e foram utilizadas pelos avós italianos. Bruno Zanon também faz chapéus customizados. “A gente faz do jeito que o cliente quiser; é só trazer o desenho”, avisa.
É uma das mais antigas empresas do município, pois foi criada em 17 de janeiro de 1920, pelos seus avós italianos Guilherme Zanon e Concheta Andreatta Zanon.