Alerj debate possível desativação das rádios MEC e Nacional

A Comissão de Trabalho, Legislação Social e Seguridade Social e a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação da Alerj realizam, nesta sexta-feira (25/03), a audiência pública “Rádio MEC e Rádio Nacional: Patrimônio da Comunicação Pública sob risco”. A reunião, que terá a participação de funcionários das rádios, músicos, pesquisadores e parlamentares, vai debater o possível desligamento do sinal das emissoras. A audiência será às 10h, no 21º andar do Edifício Lúcio Costa, Rua da Ajuda, 5, com transmissão ao vivo pela TV Alerj e pelo Youtube.

Integrantes do sistema público de comunicação do Brasil e geridas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), as rádios públicas MEC e Nacional do Rio de Janeiro operam atualmente em AM. No fim de fevereiro, a EBC determinou a redução da potência das emissoras com a intenção de desligá-las até abril. A Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública afirma que é imprescindível e urgente um plano de migração para o dial FM.

Presidente da Comissão de Trabalho, a deputada estadual Mônica Francisco (Psol) é autora, junto com o deputado estadual Waldeck Carneiro, dos Projetos de Lei 5493/22 e 5494/22, que propõem declarar ambas as emissoras Patrimônio Histórico, Cultural e Imaterial do Estado do Rio de Janeiro. “Essas rádios têm importante papel para a cultura fluminense. A Rádio MEC AM é a rádio mais antiga do país em atividade, fará 100 anos em 2023. A programação de ambas as emissoras é focada em gêneros que têm pouco espaço no dial. Não parece fazer sentido desligá-las. Pelo contrário, precisamos preservá-las, como parte da nossa memória, da nossa história”, diz Mônica Francisco.

Para o presidente da Frente Parlamentar Pela Democratização da Comunicação (FPDC), deputado Waldeck Carneiro (PSB), afirma ser inadmissível que veículos históricos tenham suas atividades encerradas. “Há um risco de perder estes dois veículos históricos de comunicação, mas a luta deveria ser contrária: pela ampliação do acesso à informação. Estas instâncias da Alerj estão saindo em defesa da radiofonia e da democratização da comunicação, propondo o tombamento destas rádios como patrimônios culturais do Estado do Rio“, afirmou Waldeck.

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