Animais silvestres são vítimas das estradas da região

Os atropelamentos estão entre as principais causas de morte de animais silvestres no Brasil e na região serrana do estado do Rio não é diferente. A cada ano, novos casos são registrados em rodovias estaduais que cortam diferentes cidades. Recentemente, no dia 1º de agosto, um gato-maracajá foi encontrado morto na RJ-186, em Santo Antônio de Pádua.

O felino, considerado um animal ameaçado de extinção, foi atropelado por um carro próximo à localidade de Sete Moças. Na ocasião, o corpo do animal foi recolhido pelo Grupamento da Guarda Ambiental e encaminhado para o campus da Universidade Federal Fluminense (UFF) onde passará por estudos.

No dia 31 de julho deste ano, mais um felino foi vítima de atropelamento. Dessa vez, no Norte Fluminense, uma jaguatirica foi encontrada morta às margens da RJ-192, entre os municípios de Itaocara e São Fidélis. Na ocasião, representantes da Subsede do Parque Estadual do Desengano foram acionados para resgatar o animal.

 

Outros casos

Além dos casos recentes de atropelamentos de animais silvestres, nos últimos anos muitas outras ocorrências chamaram a atenção de ambientalistas e da população. Em outubro de 2020, um tamanduá-mirim foi atropelado na RJ-116, em Cachoeiras de Macacu. A morte do animal é considerada de grande impacto ambiental, já que os tamanduás são responsáveis por controlar a população de formigas e cupins na natureza.

Em julho de 2020, uma fêmea de lobo-guará também foi vítima na RJ-116, desta vez, no município de Macuco. O felino, que também está ameaçado de extinção, foi recolhido pela ONG SOS Vida Silvestre e pela Secretaria de Meio Ambiente da cidade.

Em novembro de 2019, a cidade do Carmo também registrou a morte de uma jaguatirica às margens da RJ-160, na altura da Light. Na época, o município passava por um período intenso de incêndios e queimadas que destruíram grande parte das florestas locais. Segundo especialistas, o felino foi atropelado, pois estava em busca de alimento e abrigo.

 

Espécies que mais são vítimas de atropelamentos no Brasil

De acordo com um estudo feito por pesquisadores do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), da Universidade Federal de Lavras (UFLA), a cada ano, morrem mais de 450 milhões de animais atropelados nas estradas do país. Segundo o estudo, as espécies de pequeno porte são as mais vitimadas pelas rodovias.

Ainda segundo a pesquisa, o cachorro-do-mato é o animal de pequeno porte mais vitimizado no país, com mais de 1 milhão de indivíduos atropelados todos os anos. Em seguida, as maiores vítimas de atropelamento são as espécies de grande e de médio porte, como o tamanduá-mirim, o tatu, o tamanduá-bandeira e a capivara.

 

 

Cachorro-do-mato
Cachorro-do-mato

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