Projeto AGente das Águas realiza 4º encontro científico em Cantagalo
Júlio Carvalho 
Ano de 1967. O governo federal extingue todos os Institutos de Aposentadorias e Pensões das diversas categorias profissionais do Brasil e cria o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social), com cobertura de 70% da população brasileira na área da saúde. Ao mesmo tempo, surgem os grupos de assistência médica financiados pelo capital particular, visando explorar o tratamento médico com fins lucrativos. Em Santos, litoral paulista, um grupo de médicos, liderados pelo Dr. Edmundo Castilho, inconformados com as baixas remunerações da Previdência Social e não querendo ser explorados pelos grupos financeiros, resolve se reunir e criar uma nova modalidade de trabalho médico, através de uma cooperativa médica que recebeu o nome de Unimed (União Médica).
Nascia, deste modo, a primeira cooperativa médica brasileira. Em Santos, a experiência deu certo, prosperou, produziu bons frutos e começou a se multiplicar por outras cidades brasileiras com a criação de outras cooperativas de trabalho médico. Nascia assim o sistema Unimed, que atualmente é a maior cooperativa médica mundial. Orgulho da nossa nacionalidade!
Cada Unimed recebe um número, segundo a ordem de fundação, sendo a santista a número 001, a cooperativa mãe de todo o sistema que cobre, atualmente, 84% do território brasileiro. Embora tenham o mesmo nome, cada Unimed é singular, com diretoria, conselhos e estatutos próprios.
Certa vez, abrindo um Congresso Nacional das Unimeds, um advogado de São Paulo, em brilhante palestra, iniciou dizendo “nunca entendi como um sistema com cooperativas tão diversas pode funcionar de modo tão bem e tão certo”. Ele tinha razão, mas isso ocorre graças ao intercâmbio das Unimeds, que permite o atendimento de um segurado, em caso de urgência, em qualquer ponto do Brasil ou quando o seu plano é de cobertura nacional.
Nem sempre as reuniões das Unimeds ocorrem em um “céu de brigadeiro”. Algumas vezes são tumultuadas, com discussões calorosas, cada um defendendo com veemência seus pontos de vista, mas quando não se encontra um denominador comum, parte-se para votação e o que a maioria decide é acatado por todos, passa a ser a regra. O mais importante é o sistema e não o singular!
De algum tempo para cá, as Unimeds passaram a construir seus hospitais próprios, havendo, atualmente, 114 hospitais do sistema, além de 2.614 hospitais contratados por todo o Brasil. São cerca de 110 mil médicos cooperados, aproximadamente 19 milhões de clientes, sem falar no grande número de laboratórios, serviços de exames de imagens, de fisioterapia e outros em nosso país continental. Cuida, também, dos clientes portadores de neoplasias malignas, tanto na parte hospitalar quanto na radioterapia, quimioterapia e entrega domiciliar de antineoplásicos de uso oral, sendo esse um setor dos mais onerosos.
Por tudo isso e por muito mais, que o espaço não permite descrever, é que a Unimed, pela 28ª vez, conquista o Prêmio Folha Top of Mind, como melhor plano de saúde.
O Datafolha ouviu 7.584 brasileiros acima de 16 anos. A Unimed conseguiu o impressionante índice de 40 pontos, ficando o segundo colocado apenas com 07 pontos. A pesquisa é realizada desde 1991. Portanto, em 30 anos, a Unimed liderou 28 vezes como a melhor marca para a saúde.
É ou não Orgulho Nacional?
Júlio Marcos Carvalho é médico e já foi vereador do município de Cantagalo.
