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Jornal da Região 
O artista plástico Ronan Paes de Pinho, natural da cidade de Duas Barras, vem se destacando com a criação de pinturas que retratam as cidades do interior do estado do Rio. Através de trabalhos com diferentes materiais, técnicas e estilos, o pintor autodidata ressalta a simplicidade e beleza de diferentes municípios. Na lista de artes produzidas estão destacadas igrejas, fazendas históricas e outros atrativos turísticos da região.
Com o objetivo de retratar todas as 92 cidades fluminenses, Ronan já se aproxima de realizar o grande feito. Até o momento, o pintor já confeccionou telas de mais de 70 municípios. Na região foram contempladas as cidades de Carmo, Cordeiro, Cantagalo, Nova Friburgo, Duas Barras, Bom Jardim, Santa Maria Madalena, Teresópolis, Petrópolis, entre outras. Em cada localidade, o artista desenha igrejas, paisagens rurais e urbanas, ferrovias, cachoeiras, assim como as famosas fazendas históricas do estado.
De acordo com Ronan, são variados os materiais utilizados na hora de compor cada obra. Segundo ele, a arte pode surgir de madeiras, telas, azulejos, pisos, paredes e garrafas, seja com tinta óleo ou acrílica. O artista também utiliza diferentes técnicas, usando a sua experiência em realismo, surrealismo e 3D, arte sacra, além da criação de pinturas clássicas e contemporâneas.
Além de retratar inúmeras cidades interioranas, Ronan também utiliza a sua sensibilidade e criatividade para transformar diferentes ideias e objetos em arte. “Transformo filmes e músicas sertanejas de raiz em quadros. Eu vejo a arte nas coisas mais simples da vida, as inspirações podem vir de uma construção luxuosa ou de uma simples estrada do interior, de um palácio ou de uma casinha velha”, afirma o pintor.
Aos 36 anos, o artista plástico conta ainda que já realizou várias encomendas de quadros para outros estados brasileiros, mesmo em pouco tempo de carreira. Apesar da conquista, Ronan afirma que a arte poderia ser muito mais apreciada e valorizada: “a falta de apoio dos órgãos públicos não me deixou dar voos mais altos para participar (por exemplo) de exposições fora do país (…) Para trabalhar com arte por aqui tem que ter muito amor ao trabalho”, finalizou.
