Bondinho é obra de um cantagalense

Neste sábado, obra completa 100 anos. Augusto Ramos nasceu em 1860, em Cantagalo

Chamado de “louco” na época em que imaginou o bondinho do Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, em 1908, o engenheiro Augusto Ferreira Ramos, que já tinha seu nome reconhecido entre os destaques da engenharia da época, era cantagalense, nascido em 1860, seis anos antes de Cantagalo também se tornar berço do escritor Euclydes da Cunha.

Conforme publicou o jornal O Globo do último domingo, 21 de outubro, “Augusto Ferreira Ramos é daquelas pessoas com currículo tão extenso que parece ter tido duas vidas”. E a ousadia, que logo caiu no agrado popular, principalmente da alta sociedade carioca da época, início do século XX, se tornou concreta e um dos pontos turísticos mais conhecidos e visitados do mundo, traduzidos num teleférico instalado no Morro da Urca e inaugurado em 27 de outubro de 1912.

Do alto do bondinho, que antecedeu até mesmo o Cristo Redentor, outro destaque do cenário carioca, preso sobre cabos, o visitante pode se “debruçar” sobre boa parte da cidade, num ângulo de 360º, numa rápida, porém prazerosa viagem, que começa na Praia Vermelha.

Mas não só na engenharia se destacava o cantagalense Augusto Ferreira Ramos, formado pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ele também atuou, conforme conta O Globo, “em diferentes frentes na virada do século XIX: no ramo do café, como autor de importantes escritos sobre o seu cultivo e comercialização; na construção de usina de açúcar, de fábricas de cimento e papel, de uma hidrelétrica no Vale do Itapemirim, e de uma das primeiras estradas de ferro elétricas do país, no Espírito Santo; na retificação de trechos do Vale do Rio Paraíba, na Bahia; e em obras de saneamento em Curitiba (PR) e Vitória (ES).”

Finalizando, O Globo diz que “Augusto Ramos morreu em 1939. Em 1934, Carlos Pinto Monteiro assumiu o bondinho e, em 1962, foi a vez de Cristóvão Leite de Castro, pai da atual diretora, Maria Ercília Leite de Castro.”

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