Jovem friburguense é campeão mundial no World Pro Jiu-Jitsu, em Abu Dhabi
Pedro Motta passou sua infância em Boa Sorte, mas, nos últimos anos, tem viajado pelo mundo. Ele já esteve em vários países, onde trabalhou e conheceu particularidades destas regiões que visitou.
Atualmente, ele está na Armênia. “Decidi passar um mês explorando o Cáucaso porque queria visitar um amigo aqui e conhecer melhor a história e cultura local. Vim para a Armênia com a ideia de ficar 4 dias, e estou há 14 dias. Como não falo armênio nem russo, a comunicação é feita por tradutor, mas boa parte dos jovens do período pós-soviético também se comunica em inglês”, garante.
Pedro Motta conta um acidente que sofreu quando esteve na Bulgária. “Como tudo na vida, há lados bons e ruins em ter vida nômade. Por exemplo, eu não posso acumular coisas e, na Bulgária, por exemplo, tive um acidente. Felizmente fui socorrido rapidamente por alguém que estava passando e depois viramos amigos. Felizmente não foi nada grave, mas fiquei sangrando na cabeça por 3 horas e acabei perdendo o dia”, garante Pedro Motta.
O brasileiro conta com detalhes como estas viagens tem mudado a vida dele. “É uma vida mais intensa do que a maioria das pessoas que segue uma rotina, mas sinto que devo continuar esta longa jornada. Tenho mudado bastante, ao vivenciar tantas experiências e culturas diferentes, e espero que mude para melhor, me torne um ser humano mais empático e mais humano. O tempo dirá… Procuro entender como as pessoas pensam em diferentes culturas, e como são influenciadas por governos, religiões e ideologias”, afirma o viajante.
Recentemente, tive a oportunidade de passar a semana da independência da Bulgária no país. “Vi fogos de artifício em um castelo medieval, e tudo isto gastando bem pouco, pois tive a oportunidade de ser hospedado por pessoas locais através da plataforma CouchSurfing. Aqui na Armênia, também amigos estão me hospedando, e só estou gastando com alimentação. O transporte público é bem econômico aqui. Os ônibus custam R$ 1, e mesmo quando vou para outras partes do país, não custam mais do que R$ 10. Agora o real está desvalorizado, com relação a outras moedas, e ainda estou usando minhas economias do trabalho como guia de fiordes, safári de baleias e auroras boreais na Noruega. Meus amigos aqui na Armênia são russos, então eles compram a comida, e eu transfiro para eles com rublo russo do meu trabalho como guia da história da União Soviética no Ártico, no assentamento russo”, informa.
Pedro está se preparando para uma viagem a China, e conta o roteiro que pretende fazer neste país. “Como as fronteiras do Azerbaijão estão fechadas, irei para lá de avião, para ficar 2 semanas, e de lá conseguir uma passagem econômica para a China, onde ficarei por pelo menos 2 meses. Já tenho contato de pessoas que vão me hospedar em diferentes cidades, como Pequim (Muralha da China), Xi’an (Exército de Terracota), Chongqing (futurística) e Chengdu (pandas). Em Chengdu, um casal budista me hospedará, e estou ansioso para conhecê-los e aprender mais sobre o budismo na China, onde as religiões não são bem toleradas, e mais de 97% dos monastério tibetanos foram destruídos e sua população massacrada. Também visitarei o parque Zhangjiajie, que inspirou o filme Avatar. Mais aventuras pela frente, e muito o que aprender e vivenciar!”, garante o brasileiro.
Um Comentário
Gostei muito da reportagem!
Já se passaram quase 3 anos que Pedro está nesta jornada, vivenciando culturas diversas e adquirindo muitas experiências.
Sempre ouço dos amigos, a frase: “como gostaria de viajar pelo mundo!”
Mas vejo que viajar sozinho, exige muita coragem.
Parabéns, Pedro!