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Por meio de parceria com Sebrae, maior banco público anuncia investimento de R$ 7,5 bilhões para assegurar crédito a MEIs, micro e pequenas empresas por conta da crise do Covid-19
Como principal banco público do país, a Caixa Econômica Federal entra em ação agora para socorrer um dos segmentos que mais emprega no Brasil. Um acordo firmado com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) vai facilitar o acesso dos microempreendedores individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas a financiamento de capital de giro. O investimento, segundo a Caixa, será de aproximadamente R$ 7,5 bilhões.
O foco do acordo entre a Caixa e o Sebrae é apoiar esses negócios para que eles possam enfrentar os impactos da crise causada pela pandemia do coronavírus no Brasil. “Essa medida chega em um momento importante. Segmentos como os pequenos empreendedores e as pequenas empresas estão entre os que mais tiveram suas atividades afetadas pelos efeitos do novo coronavírus no país”, destaca o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Jair Pedro Ferreira.
De acordo com a Caixa, a linha de financiamento terá prazo de carência de até 12 meses para começar a pagar, com taxas até 41% menores que as usuais do banco. A parceria com o Sebrae permitiu a redução da taxa de juros, assim como o aumento do número de parcelas.
O microempreendedor individual poderá contratar até R$ 12,5 mil, com carência de 9 meses e prazo de amortização de 24 meses. A taxa de juros será de 1,59% ao mês. Já as microempresas poderão contratar até R$ 75 mil, com carência de 12 meses e prazo de 30 meses. A taxa será de 1,39% ao mês.
As empresas de pequeno porte poderão contratar até R$ 125 mil, com carência de 12 meses e prazo de 36 meses. Os juros serão de 1,19% ao mês.
A parceria utiliza linhas de crédito da Caixa e garantias complementares do Sebrae, por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe). Além de entrar com recursos para alavancar o volume de operações de crédito através do Fampe, o Sebrae também deve oferecer aos empreendedores o crédito assistido.
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, um dos maiores obstáculos no acesso dos pequenos negócios a crédito é a exigência de garantias feita pelas instituições financeiras.
Desde o começo da crise, 60% dos donos de pequenos negócios tiveram o pedido de crédito negado nos bancos. A principal barreira são as garantias solicitadas pelas instituições financeiras para concessão do empréstimo. Conforme Melles, o Fampe funciona como um salvo-conduto.
O fundo está colocando mais de R$ 500 milhões em recursos no programa neste primeiro momento, que serão alavancados pela Caixa para chegar aos R$ 7,5 bilhões em crédito anunciados. Há negociações em andamento para ampliar o programa em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
“A atuação da Caixa e a possibilidade de estabelecer parceria também com o BNDES demonstra mais uma vez a importância que os públicos têm para promover o desenvolvimento social e econômico do país. Por isso, é fundamental que toda a sociedade reflita sobre o cenário e defenda estas instituições”, afirma o presidente da Fenae.
A linha de crédito pode ser solicitada sem sair de casa. Para saber mais informações, acesse o portal do Sebrae: www.sebrae.com.br