Canil de Cordeiro provoca polêmica

Moradores de Cordeiro estão revoltados com as condições precárias do canil municipal no bairro Manancial. Segundo eles, o local abriga cerca de 40 animais que ficam com fome e em ambiente constantemente sujo. No dia 4 de maio, a veterinária Josiane Leitão Abreu flagrou celas cheias de fezes e uma cadela ferida que, segundo a profissional, foi atacada por cães famintos.

– Estava tudo sujo no domingo. Os animais ficam com fome e atacam uns aos outros. Quando cheguei lá, tinha uma cadelinha mordida, toda suja de sangue. Tentei salvá-la, mas ela morreu – disse Josiane.

A veterinária era funcionária da Prefeitura na gestão do prefeito afastado Salomão Lemos (PR). Ela foi exonerada do cargo. “Tentei falar com o prefeito (Leandro Monteiro – PCdoB) sobre o que encontrei lá, protocolei pedido e esperei quatro horas para ser atendida. Eu não fui recebida por ele”, explicou Josiane, que disse não querer ser veterinária do local novamente preferindo ser voluntária.

A médica possui cerca de 60 animais em seu sítio, que são cuidados e alimentados por conta própria. Ainda de acordo com Josiane Leitão, ela levou três sacos de ração para o local e, ao voltar, estavam no mesmo lugar. O caso também foi confirmado pelo morador Sérgio Monnerat. Segundo ele, a pessoa responsável por cuidar desses animais não realiza a limpeza e alimentação dos cães de forma periódica.

– É muito triste a situação que esses animais estão submetidos. Como o canil fica no alto (bairro Manancial), lá é muito frio. Eles sentem frio”, destacou Sérgio Monnerat.

Apesar das denúncias, o prefeito Leandro Monteiro (PCdoB), em entrevista a um programa de TV da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Cordeiro, informou que “as fotos postadas em redes sociais e enviadas aos veículos de imprensa não condizem com a realidade”. Ele informou que não existe um canil em Cordeiro, mas apenas um depósito público para guarda de animais apreendidos, criado pela Lei Municipal 480, de 27 de agosto de 1993.

O prefeito disse, ainda, que o local não possui uma população fixa de animais. “Ela muda de acordo com as apreensões, que são frequentes”, explicou Leandro na entrevista.

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