Carmo é a pior cidade em transparência do estado, de acordo com o Ministério Público Federal

O Ministério Público federal divulgou o resultado do Ranking da Transparência, que avalia o quanto os municípios e estados brasileiros são transparentes no uso do dinheiro público e ações dos governos. No interior do Rio, entre os destaques da pesquisa estão Macaé, que manteve a nota 10 que já tinha ganhado no ano passado, Nova Friburgo, que subiu de 1,40 para 10, e Maricá, que subiu de 7,90 para 10.

De acordo com o Ministério Público Federal, o município de Carmo é o pior em transparência. A cidade não obteve nenhuma melhora em comparação à primeira avaliação, e ainda obteve redução de 100% na nota. Na primeira avaliação, a cidade tinha 0,7 de nota e estava na 81ª posição entre as 92 cidades do estado. Na segunda avaliação, despencou para 92ª posição, com nota 0,0%. 

Ao seu lado, está Rio das Flores, que está empatada com Carmo e obteve melhora de 0,0% na avaliação.  Macuco e Aperibé também caíram na avaliação, ficando com nota inferior a 1.

Segundo o MPF, o Índice Nacional da Transparência ficou em 5,15. No ano passado, o número foi de 3,92. Entre os 92 municípios que participaram do ranking, a primeira posição ficou com Duque de Caxias, com a nota 10, e a última foi ocupada por Rio das Flores, que obteve 0 em todas as avaliações.

Casimiro de Abreu, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Armação dos Búzios melhoraram os resultados. Já Rio das Ostras, Arraial do Cabo e Silva Jardim tiveram resultados inferiores aos do ano passado.

No Norte Fluminense, Bom Jesus do Itabapoana é o município de destaque, passando de 7,5 para 9,6. Santo Antônio de Pádua também evolui no ranking, pulando de 6,1 para 8. Campos dos Goytacazes não melhorou o desempenho na transparência e caiu de 7,4 para 6,8.

Já na Região Serrana do Rio, além de Nova Friburgo, Cantagalo subiu de 6,7 para 8,8. Petrópolis passou de 2,7 para 7,5. Teresópolis, Macuco, São Sebastião do Alto e Sumidouro não melhoraram o desempenho e tiveram índices menores nesta avaliação. 

Segundo o MPF, de setembro a outubro de 2015, foi realizada a primeira avaliação dos portais da transparência e, em dezembro do mesmo ano, divulgou a classificação dos estados e municípios. Após o diagnóstico nacional, expediu recomendações àqueles entes federados que não cumpriram suas obrigações legais, com prazo de 120 dias para a adequação.

Após esse prazo, foi realizada a nova avaliação nacional, envolvendo todas as unidades do MPF, no período de 11 de abril a 25 de maio. O resultado da nova classificação identificou que algumas irregularidades ainda persistem. Em relação a esses estados e municípios, foram propostas ações civis públicas.

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