Centro-Norte e Serrana terão poucos investimentos privados e públicos

Dos R$ 211,5 bilhões, apenas R$ 423 milhões virão para os municípios que compõem a região. Município do Rio e região Norte concentrarão R$ 60 bilhões, ou 28% dos investimentos

 

Nos próximos dois anos, até 2014, o estado do Rio de Janeiro receberá um volume recorde de investimentos públicos e privados em sua história: R$ 211,5 bilhões. De acordo com o estudo ‘Decisão Rio’, divulgado na semana passada pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o crescimento na carteira de negócios é 67,5%, maior do que o previsto para o triênio 2010-2012, quando foram anunciados investimentos de R$ 126,3 bilhões.


 

 

Segundo os dados da Firjan, as regiões Serrana e Centro-Norte Fluminense terão apenas 0,2% destes investimentos, sendo as regiões que menos irão receber recursos no período. É bom levar em consideração que a Região Serrana, que engloba os municípios de Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis, foi bem castigada pelas últimas chuvas, que, certamente, atingiram a economia das cidades. Com isso, a iniciativa privada fica impedida e receiosa de novos investimentos.

O percentual de 0,2% corresponde a, aproximadamente, R$ 423 milhões de investimentos nestas duas regiões do estado, tanto da iniciativa privada quanto do poder público.

O Centro-Norte Fluminense, juntamente com a Região Noroeste Fluminense, é considerado um dos mais pobres do estado. Não se cogita a vinda de empresas para as cidades dessas regiões. A previsão de instalação de uma fábrica de cimento no município de Itaocara foi prejudicado pela transferência do projeto para o Nordeste do País (Rio Grande do Norte).

Apesar de a capital ser responsável pelo maior volume de investimentos, outras regiões também estão atraindo importantes negócios. “O interior vem se destacando. E, com estes recursos, não vêm só a geração de empregos, mas a instalação da cadeia de fornecedores, que propicia maior qualificação profissional e aumenta a renda destas regiões”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno.

Entre 2012 e 2014, o estado do Rio de Janeiro contará com 234 novas empresas. Os principais empreendimentos serão realizados na área de infraestrutura (R$ 51 bilhões) e na indústria de transformação (R$ 40,5 bilhões), com destaque para os negócios estrangeiros, que triplicaram e, atualmente, somam R$ 17,8 bilhões.

O setor industrial concentra R$ 40,5 bilhões em investimentos. Deste total, R$ 15,4 bilhões serão aplicados na construção naval, e R$ 10,1 bilhões na siderurgia, com a implantação de siderúrgicas como a Ternium, em São João da Barra.

No setor petroquímico, serão investidos R$ 6,1 bilhões, com destaque para o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em Itaboraí. A chegada de fábricas de automóveis, entre elas a Renault-Nissan, em Resende, e a ampliação da PSA Peugeot Citroën, em Porto Real, movimentará R$ 6,1 bilhões na área automotiva.

 

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