Prefeitura de Cantagalo compra prédio do Banco do Brasil por R$ 1,650 milhão
Aí vem o Natal – uma festa cristã celebrada por milhões de pessoas ao redor do mundo. É uma data marcada pela presença de uva-passa no arroz, pisca-pisca, cidades pintadas de vermelho e dourado, a árvore natalina em casa e no parque. Somam-se a isso as fotos típicas instagramáveis.
Na transição de novembro para dezembro, a imagem do bom velhinho volta a aparecer em outdoor, ótimo garoto-propaganda para os lojistas e shopping centers.
Começa a corrida contra o tempo. Em um prazo mínimo, são feitas as confraternizações do trabalho, dos amigos do futebol, do condomínio, dos primos, da academia, embaladas por trilhas sonoras clichês.
Metas que precisam ser batidas, prazos para entregar, ruas lotadas de pessoas cansadas, com listinhas em uma mão e sacolas em outras. Ah, e não se pode esquecer de… ser feliz. É obrigatório. Afinal, é Natal.
Em meio a tantos enfeites e turbulências do final de calendário, o protagonista fica, muitas vezes, apagado. A cultura o relegou para uma oração à zero-hora, em frente à ceia.
Celebrar simbolicamente o nascimento de um Mestre é, para além das festividades, alegrar-se pela sua obra; de tão grandiosa, deixou pegadas que ultrapassaram os séculos. Ser discípulo de um líder é conduzir a sua vida de acordo com os seus ensinamentos.
Cristo rogou que amássemos: “Amai o próximo como a si mesmo – (Mateus 22:37-39).” Ensinou-nos a humildade: “Quem quiser ser o maior entre vocês, que seja aquele que serve – (Mateus 23:11).”
Propagou a regra de ouro: “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros lhes façam, façam também vocês a eles – (Mateus 7:12).” Pediu para que os dedos não fossem apontados: “Não julguem, para que vocês não sejam julgados – (Mateus 7:1).”
Em suas palavras, não há a imposição de uma religião universal, tampouco a assimilação forçada de seus ensinamentos. O que se vê é um clamor pelo acolhimento ao outro, o que inclui o respeito a outras crenças, a escolhas pessoais, a opção de gênero, a orientação sexual, a individualidade. O que existe nas lições dessa Luz conduz cada ser humano para dentro de si mesmo e, a partir da transformação do ser, transformar a realidade ao seu redor, servindo ao coletivo.
Como disse em certa passagem: “Hipócritas, porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes, por dentro, estão cheios de rapina e intemperança. Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo, para que também o seu exterior fique limpo.”
É preciso calmaria para despoluir o nosso interior. Difícil atitude em tempos tão turbulentos, que sobrecarregam o ser humano com aparências, padrões e perfeições. É preciso coragem para celebrar e viver, verdadeiramente, o nascimento de Cristo.
Em suma: a data das mais simbólicas no ano traz, em princípio consigo, meditações sobre a nossa própria conduta, ou seja, deveria elucidar mais o direito maior de um ser humano: o livre-arbítrio em junção à lei de amor ao próximo. Havendo ou não presentes e sorriso, cada qual carrega uma história de vida que merece respeito e empatia.
A verdadeira celebração é interna. Cada qual realize no lugar e no dia em que se sentir com a vontade de exercê-la, em família ou sozinho. Muitos, aliás, exercendo a caridade, estão continuando o Natal ao longo do ano.
Em tempo: o meu desejo é que seu dia 25 de dezembro seja um dia bom, fazendo aquilo que lhe faça bem. Feliz Natal!