Ciclistas percorrem 250 km por caminhos históricos da região

No último fim de semana, entre os dias 14 e 15 de agosto, um grupo de ciclistas percorreu 250 km por destinos que revelam a história ferroviária da região. O percurso buscou resgatar atrações ainda pouco conhecidas, passando por antigas linhas férreas, estações e pontes históricas. O passeio foi organizado por Marcos Zaniboni, também idealizador do evento “Maratona dos Cafés”, que busca valorizar a memória ferroviária através do cicloturismo, e incentiva ciclistas e viajantes a preservar o patrimônio ferroviário dos estados do Rio e Minas Gerais.

O percurso

O grupo de ciclistas da região iniciou a aventura partindo da cidade de Cordeiro e enfrentou inicialmente 146 km apenas de estrada de chão. O primeiro atrativo visitado durante o percurso foi a Ponte Seca, próxima ao município do Carmo, que era um antigo posto fiscal. Logo após, os viajantes seguiram em direção à cidade mineira de Fernando Lobo. No local, o grupo visitou a Ponte Mello Barreto, conhecida como Ponte Preta, que fazia a travessia do Rio Paraíba do Sul, próxima também à Porto Velho do Cunha.

Após a descoberta das primeiras atrações, o grupo seguiu viagem pelas famosas “rotas clandestinas”, que eram caminhos não oficiais usados para transporte de ouro durante o século XVIII. O trajeto, era uma das rotas do bandoleiro, Mão-de-luva, figura histórica da região. Após esse caminho, o grupo passou por outras estações ferroviárias de Minas Gerais, como a estação Benjamin Constant. Por fim, o primeiro dia de aventura terminou no município mineiro de Chiador.

Após uma noite de descanso e mais de 100 km percorridos, os ciclistas continuaram a expedição visitando a Estação Chiador e seguiram rumo ao município fluminense de Miguel Pereira. Na cidade, o grupo encerrou o passeio de forma marcante, conhecendo a Ponte Paulo de Frontin, considerada um marco da engenharia, por ser a única ponte metálica em formato de curva do mundo.

Passeio valeu a pena

Ciclistas percorrem 250 km por caminhos históricos da região
O trajeto, era uma das rotas do bandoleiro, Mão-de-luva, figura histórica da região

Após 250 km de percurso e muitas descobertas entre os estados do Rio e Minas Gerais, a aventura foi recompensante para os ciclistas, e além de adrenalina trouxe muito conhecimento. Segundo Leopoldo Erthal, um dos participantes do passeio, o trajeto foi cansativo mas muito recompensador, pois revelou paisagens lindas e ainda garantiu a oportunidade de admirar diversas construções históricas.

O aventureiro destacou também a importância do cicloturismo, que alia saúde, amizade e turismo e ainda resgata uma série de destinos históricos. Além disso, também espera que essa iniciativa de passeio germine em outros municípios e possa ser repetida por novos grupos de ciclistas.

Maratona dos Cafés

O programa Maratona dos Cafés também promete aventuras semelhantes ao passeio de 250 km realizado pelos ciclistas da região. O evento proporciona um ciclo de turismo histórico pela antiga e extinta Estrada de Ferro Leopoldina e passa por diversas atrações entre os estados de Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O trajeto envolve as cidades de Além Paraíba (MG), Carmo (RJ), Sumidouro( RJ) e Nova Friburgo (RJ), e ao longo do caminho revela grande potencial de destinos da história ferroviária. Em um percurso de aproximadamente 100 km, ciclistas também podem conhecer pontes históricas, túneis, pontes secas e até uma locomotiva estacionada na praça da cidade do Carmo.

Para participar de mais essa aventura, ciclistas e viajantes interessados podem conhecer o site e as redes sociais do evento e ficar atentos aos próximos passeios.

 

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