Manuela e Dr. Júlio vão a Brasília, com vereadores de Cantagalo, atrás de recursos para o município
O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) divulgou que as vendas de cimento somaram 5,4 milhões de toneladas em novembro de 2024, uma ligeira queda de 0,3% quando comparada ao mesmo mês do último ano. No acumulado de onze meses, as vendas alcançaram 60 milhões de toneladas, um crescimento de 4% sobre o mesmo período de 2023.
O desempenho é atribuído a melhora contínua do mercado de trabalho e renda da população, com a massa salarial atingindo o recorde da série histórica. Para o SNIC, a confiança do consumidor voltou a subir em novembro, retomando a trajetória de alta iniciada em junho.
O aquecimento do mercado imobiliário, importante indutor no consumo de cimento, seguiu em expansão no terceiro trimestre, puxado pelo desempenho do programa Minha Casa, Minha Vida, responsável por 50% dos lançamentos e 44% das vendas no período. A comercialização de materiais de construção e financiamento imobiliário também seguem em alta. Porém, apesar do Brasil ter atingido o menor nível de desemprego da história em outubro, de acordo com o IBGE, o setor da construção civil tem encontrado dificuldade em preencher as vagas disponíveis.
A escassez de mão-de-obra e o alto custo de contratação tem elevado salários, pressionado a inflação, com reflexos nos preços dos imóveis e na alta do INCC. Somados com o novo ciclo expansionista da Selic, a confiança da construção caiu em novembro para o menor nível desde abril de 2024.
Por parte da indústria, a confiança recuou pela terceira vez consecutiva em novembro, registrando a quarta queda do ano, devido à piora tanto na percepção do setor sobre a situação atual quanto nas expectativas para os próximos meses, influenciada pelo novo ciclo de alta na taxa de juros e a questão fiscal. O aumento da taxa Selic aumenta a competição entre os ativos financeiros e os imobiliários, além de tornar o financiamento mais oneroso para o tomador de empréstimo, impactando diretamente o mercado imobiliário.
No cenário externo, a alta do dólar gera incertezas para os próximos meses, aumentando a inflação e colocando pressão nos juros. No setor de cimento, o câmbio elevado preocupa em relação ao aumento de custos de produção, principalmente do coque de petróleo, matéria-prima essencial na geração de energia no processo produtivo. Para minimizar os impactos ambientais e a pressão dos preços do cimento, o setor tem cada vez mais investido em combustíveis alternativos e ampliado fortemente as tecnologias como o coprocessamento.
A atividade responsável pela transição energética substitui o combustível fóssil por resíduo industrial, comercial, doméstico e biomassas. O coprocessamento alcançou, em 2022, 30% de participação na matriz energética do setor, antecipando a meta prevista para 2025, o que mostra a disposição da indústria em avançar cada vez mais nessa agenda. Foram mais de 3,035 milhões de toneladas de resíduos processados, a maior marca da série histórica.
A tecnologia evitou a emissão de quase 3 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera em relação aos métodos mais tradicionais de produção, que envolvem o uso do coque de petróleo como combustível. “A indústria brasileira do cimento comemora a aprovação do mercado regulado de carbono no Brasil. O setor realiza há trinta anos esforços significativos para reduzir suas emissões. Tais ações, ao mesmo tempo que nos posicionaram como uma das referências mundiais em baixa emissão de CO₂, criam desafios ainda maiores comparativamente àqueles países que pouco ou nada fizeram. Esses esforços precisam ser reconhecidos, para não penalizar justamente aqueles que mais fizeram até agora”, afirmou Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento.
Fonte: Brasil 61