Cinema de Bom Jardim é restaurado

Ponto de encontro de algumas gerações, que volta a ser opção de lazer e diversão, o Cine Teatro Edmo Erthal contou com um projeto de reforma que englobou melhoramentos em todo o prédio, mantendo as características históricas da construção. O espaço conta com poltronas, palco multiuso, camarins e uma nova tela com projetores modernos. A fachada recebeu letreiros em neon e todas as dependências foram adaptadas para circulação de portadores de necessidades especiais.

O prédio abriga ainda um pequeno museu, onde os visitantes poderão conhecer os antigos projetores do início do século passado, assim como outras peças que foram recuperadas. A obra representa um investimento de mais de R$ 780 mil. A sala de projeção conta com 300 poltronas. A comunidade participa e aplaude o grande número de atividades culturais, que ajuda a cidade a superar o infortúnio provocado pelas chuvas de 2011.

O antigo Cine Bom Jardim, situado na Rua Miguel de Carvalho, no Centro, encontrava-se desativado há alguns anos, servindo de espaço para a realização de missas enquanto a Igreja Matriz passava por obras. O Cine Teatro foi inaugurado em 10 de janeiro de 1954, com a exibição dos filmes ‘Duelo das Paixões’ e ‘Vale das Sombras’. O projetor Century, importado dos Estados Unidos, era o que havia de mais moderno na época.

Cinema Brasil – O jornal Ribeironense noticiou, em 6 de julho de 1913, que Antônio Teixeira Calvão e Antero da Silva instalaram, na vila de São José do Ribeirão, um “bom cinematógrafo, motor Otto, de 7,5 cavalos, dínamo de 110 volts e 41 amperes, projetor Patgné” em um salão com capacidade de 200 pessoas. Era o Cinema Brasil. Em 16 de novembro do mesmo ano, o jornal ‘A Ordem’ noticiou que Hugo Sardenberg, fazendeiro de Barra Alegre, comprara o equipamento do Cinema Brasil e que o instalaria em Barra Alegre. Não há notícia de que tenha levado a cabo a intenção.

Cine Ideal – O primeiro cinema de Bom Jardim de que se tem notícia foi o Cine Ideal, que funcionou onde atualmente é a sede da banda Recreio Bonjardinense. Seu proprietário teria sido Péricles Corrêa da Rocha. Em abril de 1956, grande inovação foi implementada no Cine Bom Jardim: o CinemaScope, com som de três faixas magnéticas (som “Perspecta”) e som estereofônico de quatro faixas magnéticas, equipamentos que apenas outros oito cinemas do Brasil.

Adolfo Cruz tinha, na época, um programa da Rádio Nacional. Veio a Bom Jardim e teceu muitos elogios ao Cine Bom Jardim no seu programa.

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