“Colégio Euclides da Cunha: encontro de ex-alunos”, por Celso Frauches

3º Encontro. Os participantes iniciam uma caminhada pela Praça João XXIII. Na foto, em primeiro plano, Maria do Carmo, Irene, Ivone, Mariquita, Ruth, Dyrce, Déa, Fany, Eny, Wanda, Weser.

 

O Encontro dos Ex-alunos do Colégio Euclides da Cunha (CEC) foi um evento coordenado por uma comissão, tendo à frente minha amiga Eny Chevrand Baptista. Ela doou os seus “arquivos implacáveis” ao Instituto Mão de Luva referente a esses Encontros, a partir do 2º, realizado em 9 de julho de 1988.

O lema “O passado é um outro coração que bate em nós”, verso de Félix-Henri Bataille (1872/1922), dramaturgo e poeta francês, animou o 2º Encontro, com uma programação que tomou o dia 9 de julho de 1988. A organização coube a uma comissão integrada por Alberto Nacif, Eny Chevrand Baptista, Fany Teixeira Abrahim e Geraldo Figueira O prof. Manoel Vieira Baptista mereceu uma homenagem, diante de seu busto, erguido na Praça João XXIII. Teve missa, celebrada pelo Padre Pedro Luiz da Silva. Os participantes do evento homenagearam as professoras Amélia Thomaz e Maria de Lourdes Dietrich Gonçalves, em visita às respectivas residências.

A poeta Amélia Tomás construiu versos especialmente para o Encontro:

Esta rosa cor de aurora,
é presença e testemunha
da união que ainda vigora,
entre os alunos do outrora
Colégio Euclides da Cunha

O 3º Encontro foi realizado em 12 de agosto de 1989, sob a coordenação Eny Chevrand Baptista, Fany Teixeira Abrahim e Geraldo Figueira, Jean Carlos e Maria Lúcia Farah Noronha. Lema do evento: “O homem sem passado é um homem sem história”. O homenageado foi o escritor Euclides da Cunha, aos pés de sua herma na Praça João XXIII. A missa foi celebrada pelo Padre Pedro Luiz da Silva. Após a missa, houve uma caminhada pela Praça João XXIII, quando todos cantaram o hino “Salve, salve, Cantagalo” (de Pastel e Juju), tendo à frente Dea, Dirce, Eny, Ieda, Irene, Ítalo, Luiz, Maria do Carmo, Mariquita, Ruth Farah. Os participantes curtiram os melhores momentos de suas vidas, passados nos bancos escolares do Colégio do Euclides da Cunha, em um convívio alegre e fraterno.

 

A professora e poeta Amélia Tomás apoiou com entusiasmo e com a sua verve os Encontros de ex-alunos do Colégio Euclides da Cunha.
A professora e poeta Amélia Tomás apoiou com entusiasmo e com a sua verve os Encontros de ex-alunos do Colégio Euclides da Cunha.

 

Em 28 de julho de 1990, realizou-se o 4º Encontro. A comissão era constituída por Eny Baptista, Fany, Geraldo Nóbrega e Maria Lúcia Noronha. Houve um apelo no convite aos ex-alunos: “Venha recordar nossa infância, nossa juventude, nossos primeiros amigos, nossos queridos mestres, voltar aos nossos dias de alegria e felicidade”. O Padre Pedro Luiz da Silva, em mais esse evento, ministrou a missa em ação de graças aos participantes. O Cantagalo Esporte Clube recebeu os ex-alunos, em sua sede social, para um almoço dançante. Eli Naegele fez um emocionante pronunciamento, realçando os professores que se foram e os que ainda estão na luta pela educação, como Amélia Thomaz, Maria de Lourdes Dietrich Gonçalves, Ainda Oliveira, Nilo Nara e Ewandro do Valle Moreira, e uma homenagem especial ao seo Soares, “o pai, o amigo, o companheiro e o conselheiro, o mais simpático de todos”.

 

4º Encontro. Os participantes ingressam no recinto do Santuário do Santíssimo Sacramento, para a missa celebrada pelo Padre Pedro Luiz da Silva, na manhã de 27 de julho de 1990.
4º Encontro. Os participantes ingressam no recinto do Santuário do Santíssimo Sacramento, para a missa celebrada pelo Padre Pedro Luiz da Silva, na manhã de 27 de julho de 1990.

 

O 5º Encontro dos Ex-alunos do Colégio Euclides da Cunha foi realizado em 21 de setembro de 1991. A comissão organizadora estava composta por Eny Baptista, Geraldo Nóbrega, Gian Carlo Figueira e Maria Lúcia Noronha. Teve missa, desta vez celebrada pelo Padre Antônio Stael de Souza. No Ofertório, o refrão “Fica sempre um pouco de perfume / Nas mãos que oferecem rosas / Nas mãos que sabem ser generosas”. O ex-aluno Lafontaine Villela dedicou ao grupo os versos a seguir:

Nossa turma sempre unida
relembrando a doce infância,
estará sempre reunida
no colégio da distância.

O almoço dançante, desta vez, foi no Bar-te-papo, na Fazenda Lavrinhas.

 

5º Encontro, realizado em 21 de setembro de 1991Confraternização Praça Crescêncio Lanciotti.
5º Encontro, realizado em 21 de setembro de 1991Confraternização Praça Crescêncio Lanciotti.

 

Duas pessoas se sobressaíram nos Encontros de ex-alunos do extinto Colégio Euclides da Cunha, cuja sede ficava em frente à Praça João XXIII, onde mais tarde foi construído um prédio que abriga uma agência do Banco do Brasil e a Secretaria Municipal de Educação, ao lado do Cantagalo Turismo Hotel — Eny Chevrand Baptista e Amélia Thomaz. A Eny é, de longe, a melhor e a mais autêntica animadora cultural de Cantagalo. Trabalha por prazer de elevar o lado literário e cultural do nosso município, com desprendimento e dedicação. E Amélia Thomaz, professora, e Amélia Tomás, nome literário da escritora e poeta cantagalense, com sua verve poética livre, solta, sensível e sinais de um amor perdido no tempo.

Não tenho registro de outros encontros. Houve, contudo, diversos encontros esparsos de turmas específicas do Colégio Euclides da Cunha, dos irmãos Moraes Teixeira. Espero que os participantes desses eventos possam enriquecer esse tema com informações, fotos, etc.

 

Celso Frauches
Celso Frauches é escritor, jornalista, já foi secretário Municipal em Cantagalo e é presidente do Instituto Mão de Luva.

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