Com vacinação, 54% das PMEs podem retomar faturamento até agosto, aponta estudo

O Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (BEm), que em 2020 permitiu a redução de jornadas de trabalho e salários, garante estabilidade para cerca de 3 milhões de brasileiros em abril de 2021. A medida provisória 936 também permitia a suspensão de contratos de trabalho.

Um estudo feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) a partir de dados da Fiocruz aponta que cerca de 9,5 milhões de pequenas empresas podem vir a retomar o nível de atividade anterior à pandemia até o mês de agosto de 2021, caso o ritmo de vacinação seja acelerado.

A pesquisa também contou com dados populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e com informações do cronograma para entrega de vacinas do Ministério da Saúde.

A retomada estimada representa cerca de 54% dos microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas do Brasil, negócios estes que, no geral, atuam em setores menos atingidos pela crise e que teriam uma reação rápida diante da maior imunização da população, como comércio de alimentos, negócios pet, oficinas e peças, indústria de base tecnológica, educação, saúde, etc.

De acordo com o estudo do Sebrae, até 24 de maio todos os idosos com mais de 60 anos de idade e todos os profissionais da saúde estariam totalmente imunizados contra o coronavírus. Em julho, mais especificamente no dia 6, o grupo de vacinados seria ampliado, incluindo-se profissionais da educação, segurança, transportes, indústrias e pessoas com comorbidades.

Caso a vacinação siga por grupos de idade, 100% das pessoas com mais de 40 anos serão imunizadas até o dia 18 de agosto, data em que estima-se a chegada de dois terços da população imunizada com as duas doses da vacina.

A vacinação é o principal caminho para a retomada da economia do país e a disponibilidade das doses é fundamental para a população”, comenta Thomas Carlsen, COO e co-fundador da mywork, startup de controle de ponto online e gestão de Departamento Pessoal. “Embora a pandemia tenha mudado muitos hábitos de consumo e a tendência seja a retomada do comércio com poucas aglomerações, acelerar a imunização da população com certeza é o caminho para sairmos da crise”, avalia o executivo.

O estudo ainda indica alguns dos setores que apresentariam um retorno mais lento ao patamar registrado antes do início da pandemia de Covid-19 mesmo diante da aceleração da vacinação. É o caso dos segmentos de Artesanato, Bares e Restaurantes e Moda. Segundo o levantamento, tais atividades só retomariam as atividades pré-pandemia por volta de 11 de outubro, data em que está prevista a imunização de 100% das pessoas com mais de 25 anos de idade.

O setor de Beleza só atingiria a retomada total do faturamento anterior à pandemia em 27 de outubro, enquanto os setores de Turismo e Economia Criativa devem retomar o faturamento anterior à crise apenas em 2022.

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