Comemoração do Dia do Trabalhador começou em 1886

Na região, otimistas apostam no fortalecimento da economia

Comemorado no dia 1º de maio, o Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador é uma data comemorativa usada para celebrar as conquistas dos trabalhadores ao longo da história. Nessa mesma data, em 1886, ocorreu uma grande manifestação de trabalhadores na cidade americana de Chicago. Em dias em que a economia de todo o país vive momentos de turbulência, o trabalhador não tem muito o que festejar. Inflação, achatamento salarial e o fantasma do desemprego têm sido uma realidade da classe trabalhadora.

Na Região Serrana, otimistas prevêem o fortalecimento de setores como a indústria cimenteira, o setor metalmecânico, a agropecuária, com a indústria de laticínios, que tem sido apontada como mola mestra para o desenvolvimento e crescimento regional.

As áreas de turismo e da produção de cachaça também não podem se esquecidas quando o assunto é geração de renda e emprego. No último seminário  organizado pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), intitulado ‘Visões de Futuro’, foram revelados dados impactantes para esses setores. O comércio ainda é, nos municípios do interior, uma das principais fontes de postos de trabalho.

Nesta semana, em que destinamos nossas homenagens ao trabalhador em geral, não poderíamos também deixar de lamentarmos a fase atual da empresa que é, não só orgulho nacional, como também reconhecida internacionalmente: a Petrobras, que tem sofrido com a corrupção de políticos ao longo dos últimos anos.

Sem entrar no mérito político, os números assustam a classe trabalhadora como, em especial, na Região Centro-Norte Fluminense. Entre outubro e fevereiro, foi registrado um saldo negativo de 250 mil empregos formais só na construção civil. 

Os subsídios do governo e o crédito farto levaram a uma explosão dos preços e lançamentos imobiliários, especialmente entre 2010 e 2012. Em seis anos, os preços dos imóveis subiram, em média, mais de 250%. Essa bolha imobiliária levou a uma explosão de empregos no setor, que, agora, sofre com o estouro especulativo imobiliário.

– O que começou a acontecer é que, em meados de agosto do ano passado, o governo passou a atrasar a fatura. E como não tenho fôlego para tocar a obra, eu tiro o pé do acelerador. Além disso, houve também o fim das obras da Copa, que impactaram nesses números – afirma o empresariado da construção civil.

Os dois segmentos mais impactados são o de imóveis de pequeno valor, especialmente do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, que contava com os maiores subsídios da União, e a construção civil, que, inclusive, foi um dos carros chefe do bom momento econômico e da farta geração de empregos entre o final do governo Lula e boa parte do governo Dilma.

A pauta keynesiana ou desenvolvimentista, como muitos analistas econômicos classificaram as decisões do Governo Federal, levou a um impulso no consumo, atrelado aos excelentes valores internacionais de dois produtos que o Brasil produz: o petróleo e o aço.

Com a queda do preço internacional desses dois produtos, mais a conjuntura econômica interna, as expectativas para os trabalhadores são negativas para os próximos dois anos, pelo menos. A tendência é de aumento do desemprego, infelizmente.

A indústria naval brasileira experimentou uma reviravolta nos últimos tempos. Da euforia da retomada na última década, quando crescia 19,5% ao ano, o setor passou a um quadro de demissões em massa e incertezas, em razão dos casos de corrupção que assolam a Petrobras e parte de seus fornecedores.

Este dia 1º de maio deverá ser marcado mais pelos protestos do que pela celebração por parte da classe do país.

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