Comissão encontra irregularidades no Hospital Nossa Senhora do Carmo

As irregularidades e ilegalidades apontadas no relatório final, sob a assinatura do vereador Juliano de Souza Braga (PSC), que também foi o recebedor da denúncia, apontam para desvio de valores, rasuras de notas fiscais, desvio de recursos próprios, falsidade ideológica, entre outros.

Entre as irregularidades, há, inclusive, o desaparecimento de um talão de notas fiscais do hospital, número 31, com 50 notas, com série entre 4.651 e 4.700. Além disso, há indícios de rasuras, notas calçadas e procedimentos sem emissão de nota. Um dos casos que mais chamou a atenção foi o da senhora Camila Silva, que pagou R$ 2,1 mil em um procedimento (R$ 900 de serviços hospitalares), sendo que a nota (4.719) do hospital constava apenas o valor de R$ 450.

O relatório foi encaminhado para o Ministério Público, ao juiz da Comarca, ao delegado de polícia local, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro, ao Ministério Público Federal, à Polícia Federal, ao prefeito e ao secretário municipal de Saúde.

Foram ouvidos, nas oitivas de testemunhas, Carlos Alberto Puga Bastos, conselheiro fiscal; Sílvio Murad Onofre, ex-provedor, ex-conselheiro e integrante do Conselho Deliberativo; Elyse Gonçalves Abreu, técnica contábil e responsável, por curto período, pelo setor financeito; Harrison da Silva Bastos, funcionário; e Vander de Souza Quíndeler. Além deles, várias testemunhas que realizaram algum tipo de procedimento no hospital foram ouvidas. Não compareceram ao interrogatório, junto aos vereadores: Paulo Ricardo Duarte de Medeiros, ex-provedor; Maria Aurelina de Moura Romeiro, ex-provedora; Joana Gismont, ex-tesoureira; e Andréa Fróes Leite, funcionária chefe do setor financeiro.

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