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Jornal da Região 
Os projetos do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert) para o Rio de Janeiro e o Polo de Inovação Tecnológica do Agronegócio foram os principais temas da reunião do Conselho Empresarial de Agronegócios, Alimentos e Bebidas da Firjan, em 28/8. As iniciativas visam melhorar a competividade e são oportunidades para a recuperação do setor no estado.
“Utilizando nossa produção de gás natural e instalando a cadeia de fertilizantes no estado, as conexões entre o Rio e o Centro-Oeste ficarão mais estreitas e baratas, levando o insumo e trazendo matéria-prima, como, por exemplo, a soja e o milho, base da alimentação de muitas produções animais. Podemos ter a oferta de alimento animal mais barata no estado, nossas cadeias mais competitivas e estímulos à sua ampliação”, avaliou Antonio Carlos Cordeiro, presidente do Conselho.
Constituído para tratar do Plano Nacional de Fertilizantes, o Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert) é formado por representantes de vários ministérios, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das confederações nacionais da Indústria (CNI) e da Agricultura e Pecuária (CNA) e da Petrobras. A Firjan participou de reuniões do conselho, com a presença do presidente Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira e de Thiago Valejo, gerente de Projetos de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan SENAI SESI.
“O Confert possui 65 projetos estratégicos no país, sendo 51 públicos e 14 privados. Para combinar linhas de crédito do BNDES e da Embrapii, com apoio técnico da Embrapa para suporte às empresas, foi criado o Biofert. No Rio, há projetos para aumentar a produção e oferta de fertilizantes orgânicos e organominerais e outro em Macaé, que prevê ampliar a capacidade de fertilizantes nitrogenados. Está também em andamento a instalação de um Centro de Excelência de Fertilizantes e Nutrição de Plantas no Parque Tecnológico da UFRJ, para pesquisa e formação de mão de obra”, explicou Valejo.
A Firjan, além de participar de câmara técnica do Confert, acompanha os anúncios de investimento nesse mercado, como o contrato da empresa norueguesa Fuella para instalar um hub de hidrogênio no Porto do Açu, em São João da Barra, na Região Norte fluminense. Em breve, a federação irá lançar uma publicação de Petroquímica + Fertilizantes.
Polo de Inovação Tecnológica
Já Fernando Teixeira, superior de Contratos e Parcerias da Embrapa Solos, apresentou o Polo de Inovação Tecnológica do Agronegócio no Estado do Rio (Pitec Agro), que também tem a participação da Firjan. Para criar ecossistemas de inovação é preciso contar com governos, universidades, profissionais, empresas e startups. O polo já tem o envolvimento de mais de 20 instituições. A fase de planejamento foi concluída e a próxima etapa é a implantação.
“Alguns desafios são estruturar um ambiente que fortaleça as expertises e a atuação das instituições, estimular o trabalho em rede e contribuir efetivamente para a agropecuária fluminense. Que a inovação seja uma referência para superar a insegurança alimentar e ajude a aumentar a competitividade dos produtores fluminenses”, afirmou Teixeira.
Ainda visando a competitividade da indústria, Fabrinni Monteiro dos Santos, assessor técnico do Conselho, lembrou que o Centro de Referência em Alimentos, Bebidas e Panificação da Firjan SENAI Tijuca está aberto para o setor e vem recebendo demandas, como o desenvolvimento de produtos. Antônio Carlos relatou ainda que já contratou serviços de eficiência energética na Firjan SENAI, que foram muito bem sucedidos.
