“Considero-me capacitado para ser candidato a prefeito de Cantagalo”

JR) Desde quando está na política? Qual foi a primeira eleição que disputou e quais os cargos que já exerceu na vida pública?

JF – Antes de responder a estas perguntas, gostaria de agradecer ao JORNAL DA REGIÃO pela oportunidade de poder expor minhas ideias e falar aos cantagalenses sobre minha trajetória política.

Comecei na política como cabo eleitoral do ex-prefeito Nilo Guzzo, nas eleições de 1982, em que ele foi eleito. Fui secretário de Turismo, vereador por quatro mandatos, presidente da Câmara Municipal e, atualmente, vice-prefeito.

 

JR) Na vida política, já foi secretário do então prefeito Nilo Guzzo; foi do mesmo grupo político do ex-prefeito Geraldo Guimarães. Agora, mais recentemente, passou a integrar o grupo do prefeito Guga de Paula. Alguns o criticam por estas mudanças, mas o que levou a estar ao lado de tão diferentes correntes políticas?

JF – Minha corrente política é dos que amam e querem o melhor para esta cidade maravilhosa.

Na política, acontecem decepções, desentendimentos, que nos abrigam a tomar novos rumos. Cito exemplo do ex-presidente Lula, que uniu-se aos opositores que ele tanto combateu no passado e que, depois, fizeram parte de seu governo.

 

JR) Faça uma análise das administrações dos ex-prefeitos Nilo Guzzo (três vezes); Geraldo Guimarães (duas vezes); Wilder de Paula (dois mandatos) e Guga Paula (completando seu segundo mandato). Na sua opinião, o que se destacou nestas administrações?

JF – Eu acredito que cada um fez a sua parte. Eles foram eleitos pelo povo. Não me cabe julgá-los ou analisá-los. Só posso avaliar o atual governo, que tem se destacado pelas obras realizadas, pelos salários em dia e pela valorização do servidor municipal. Sorte minha, que faço parte desse governo como vice-prefeito.

 

JR) Já foi secretário municipal, vereador, presidente da Câmara e, agora, vice-prefeito. Quais das funções mais te deu prazer em atuar?

JF – Só posso dizer que todas foram válidas. Cada uma das funções foi um degrau a mais para eu conseguir chegar a ser vice-prefeito.

 

JR) O benefício do transporte de alunos para as faculdades é de sua autoria. Algumas pessoas criticam este benefício, pois somente uma pequena minoria estaria estudando nas faculdades e se beneficiando de recursos públicos. Faça uma análise desta situação.

JF – Realmente, este projeto do transporte gratuito de alunos para as faculdades é de minha autoria. Foi criado no ano de 1993, no governo de Nilo Guzzo.

Quero informar às pessoas que criticam este projeto que esta lei tem 19 anos e vem beneficiando, ao longo desses anos, mais de mil alunos.

Este projeto não beneficiou somente aos alunos, como também trouxe tranquilidade aos pais, avós, enfim, a toda família. Fomos pioneiros neste projeto, que foi tão bom que cidades vizinhas seguiram o exemplo.

Temos certeza que ajudamos na formação desses alunos. Se não fosse o transporte gratuito, a maioria deles teria parado de cursar suas faculdades. Sinto-me orgulhoso de ter sido o autor desta abençoada lei.

 

JR) Quando presidente da Câmara Municipal, instituiu o chamado “14º salário” para os servidores do Legislativo. Agora, o benefício também foi estendido para os servidores do Executivo. A proposta de implantação no Executivo também é de sua autoria ou indicação?

JF – Quando presidente da Câmara, em 2001, fui o autor do projeto do 14º salário para o servidor do Legislativo.

No Executivo, o projeto continuou sendo de minha autoria. Quem assinou foi o prefeito Guga de Paula, anunciado por ele no dia 1º de maio de 2010.

Quero ressaltar a participação do secretário de Planejamento, Márcio Longo, que me acompanhou até a presença do prefeito, que entendeu que a aprovação deste projeto teria grande alcance social.

 

JR) Comumente, Cantagalo dificilmente viu um mandato terminar com prefeito e vice se entendendo. Seu relacionamento com o prefeito Guga de Paula sempre foi bom? Fale sobre esse relacionamento.

JF – Como vice-prefeito, coloquei-me à disposição do prefeito para o que ele precisasse. Há, entre nós, muito respeito um pelo outro. Tivemos um desentendimento no passado que durou pouco. Quando eleito, no seu primeiro mandato, Guga me pediu desculpas na sua posse, realizada no Fórum de Cantagalo, perante todos os presentes. Apertamos as mãos e, com este gesto de grandeza, esquecemos o ocorrido.

 

JR) E quanto às eleições deste ano, pretende mesmo ser candidato a prefeito de Cantagalo?

JF – Sim. Considero-me capacitado para ser candidato a prefeito de Cantagalo.

Sou um cantagalense que sempre participou da vida social e de todos os eventos culturais, educativos e esportivos desta cidade.

Comparecemos várias vezes, eu e minha esposa, a Niterói, no encontro com a Associação dos Cantagalenses Ausentes. Tenho a maior admiração por aqueles que saíram em busca de oportunidades, mas que jamais esqueceram a terra natal.

Tenho orgulho de ser cantagalense, quero o melhor para esta cidade que me viu nascer.

 

JR) Qual sua opinião sobre uma pesquisa que teria sido feita para definição do nome que receberia o apoio do prefeito nestas eleições na disputa pela Prefeitura? É verdade que você concordou com os termos da pesquisa?

JF – A minha opinião é a seguinte: Se pesquisa valesse, não precisaria ter eleição.

Nas últimas eleições para senador de São Paulo, o candidato Aloysio Nunes foi o mais votado. No entanto, nas pesquisas, Marta Suplicy e Netinho de Paula eram considerados eleitos.

Precisamos conhecer a credibilidade do instituto de pesquisa. Geralmente, chega à frente o candidato de interesse de quem paga a pesquisa.

 

JR) Se for eleito prefeito, qual será sua primeira realização? Na sua opinião, o que realmente Cantagalo está precisando?

JF – Uma das obras mais importantes do prefeito é a manutenção de sua cidade, isto é, fazer com que as coisas funcionem bem. Por exemplo, escolas, postos de saúde, creches, limpeza urbana e rural, etc…

A minha prioridade será: educação, saúde, habitação, escola profissionalizante e criação de um distrito industrial.

Na saúde, melhorar a saúde pública no seu atendimento de remédios (que é um direito do usuário), exames laboratoriais e médicos, principalmente nos distritos, colocando em prática a forma empregada pelo saudoso médico Jorge Barros, quando secretário de saúde.

Em habitação, minha meta é construir 500 casas populares, já que tenho um grande relacionamento com o deputado Rafael Picciani, atual secretário de Habitação do estado do Rio de Janeiro.

Trazer indústrias para dar oportunidade de empregos para os jovens cantagalenses.

Incentivar o esporte, na sede do município e dos distritos, para que haja uma maior integração entre esses jovens atletas.

 

JR) Tem participado de encontros com os possíveis candidatos da oposição na eleição deste ano, mas também participa de eventos com o atual prefeito Guga de Paula. Se for candidato a prefeito, será pela situação ou oposição?

JF – Atualmente, sou o vice-prefeito de Cantagalo. Continuo fazendo parte deste governo, acompanhando o prefeito nos eventos, que é minha função e minha obrigação.

Só serei candidato da oposição se ela vier unida e em torno de um só candidato.

 

JR) Já foi vereador e presidente do Legislativo Municipal, qual sua avaliação da atuação dos atuais vereadores de Cantagalo?

JF – A Câmara Municipal de Cantagalo é composta por vários setores da sociedade, como: professor, advogado, bancário, produtor rural, funcionário público, etc., como tem que ser.

Os atuais vereadores vêm atendendo e aprovando as mensagens do Executivo, trazendo benefícios para o município.

 

JR) O Carnaval deste ano em Cantagalo teve somente duas escolas de samba desfilando. Já foi secretário de Turismo do município e é também carnavalesco, portanto, conhece o assunto. Na sua opinião, o que pode ser feito para que as escolas não fiquem dependendo apenas dos recursos da Prefeitura? É a favor da disputa entre as escolas de samba, inclusive com premiação?

JF – Eu, que fui fundador da Escola de Samba Verde e Branco, atuei como mestre de bateria e diretor por 12 anos. Acho que cada escola deveria se reunir e promover eventos, procurar patrocinadores, quadro de sócios para angariar recursos, independente da subvenção da Prefeitura. Sou favorável à disputa entre as escolas de samba, sendo um incentivo maior para melhorar a apresentação delas.

 

JR) O que diria para os cantagalenses neste ano eleitoral?

JF – Quero dizer aos leitores e amigos que, após conhecer minha trajetória política, pretendo ser candidato a prefeito da minha querida Cantagalo, cidade que amo. Aqui, nasci e me criei.

A minha participação na sociedade é fundamental para minha pretensão. Sou homem do povo e sei de suas necessidades. Andei muito no município e me emocionei várias vezes pelas palavras de confiança e carinho das pessoas.

Sinto que agora é minha vez, sinto-me na plenitude da minha atividade política e preparado pela experiência que ganhei nesses 30 anos de vida pública.

A imprensa terá um papel relevante nessas eleições, levando informações sobre o histórico de cada candidato. Que os candidatos abram suas mochilas e mostrem o que tem dentro delas. Estas informações são essenciais para aqueles que vão escolher e decidir o futuro político-administrativo de nossa querida Cantagalo.

Abraços a todos e até breve.

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